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17 novembro 2009

EDUCAR SENTIMENTOS

Todos os sentimentos partem do espírito, mas existem os bons e os maus. Os sentimentos puros são elevados, criam ambiente de alegria e felicidade e tornam as criaturas valorosas e apreciadas. Os maus sentimentos atestam inferioridade e às vezes são indício de baixa espiritualidade; essas criaturas vivem sempre irritadas, mal-humoradas, criam ambientes infelizes, tétricos.
Uma criatura dotada de bons sentimentos é querida, estimada e respeitada. Alimentar os bons sentimentos é afastar os maus. Portanto, é dever de todas as criaturas, principalmente aquelas que têm filhos a educar, em formação do caráter, nunca criarem um ambiente de infelicidade para os filhos. Estes devem ver o semblante de seus pais sempre desanuviado e nunca os ouvirem pronunciar palavras rancorosas. Quando os pais percebem em seus filhos a inclinação para os maus sentimentos, devem ter o máximo cuidado de corrigi-los, a fim de os fazer desaparecer.
A espiritualidade se demonstra sempre pelos sentimentos que os espíritos irradiam. Todos os espíritos encarnam para resgatar faltas, crimes praticados em encarnações anteriores. Ninguém fica impune. Por isso se diz que deve haver reflexão, para que não sejam praticadas más ações.
Toda criança demonstra os sentimentos que possuía na última encarnação, e não há melhor oportunidade do que a da infância para combater os maus sentimentos, para corrigi-los, a fim de que os espíritos comecem a aproveitar o seu tempo, nesta encarnação.
É de máxima necessidade que os pais tenham cuidado com os seus filhos. Sempre que possam, observem as suas tendências espirituais para ajudá-los ou para corrigi-los a tempo. Ensinar à criança é gravar em mármore; aquilo que na infância ensinardes aos vossos filhos, estará gravado para sempre em seu espírito; não deveis esquecer-vos de que há espíritos dóceis e espíritos rebeldes; para os espíritos dóceis há sempre facilidade de os induzir ao caminho do bem. Os espíritos rebeldes com dificuldade se os guiam para o caminho da virtude e do bem, mas nem por isso devem os pais desanimar. Seu dever é trabalharem para fazer com que eles enveredem para o bom caminho.
A rebeldia do espírito é sempre uma demonstração da necessidade de correção, para ele se espiritualizar. Há quem não acredite na reencarnação do espírito, nem tampouco na evolução espiritual através das encarnações. Entretanto, se quiserem pensar e raciocinar, verificarão que é um fato.
Há espíritos que se recordam de coisas passadas numa existência longínqua e, quando na infância, revelam coisas que fazem meditar aos pais. Há espíritos que em corpo de criança demonstram temperamentos de velhos, de criaturas experimentadas, raciocinando com acerto, tendo por vezes frases de um certo alcance que fazem a admiração dos que os ouvem. São espíritos de fato velhos que desencarnaram há bem pouco tempo, e que têm certas reminiscências da vida passada.
Há, portanto, necessidade de se cuidar carinhosamente da educação desses espíritos, da sua formação moral, pois, da formação do indivíduo depende o seu êxito na vida. Da boa formação espiritual da criança depende o seu futuro. E como todos os pais desejam a felicidade dos seus filhos, é preciso que procurem desde já tudo fazer para que eles sejam felizes no futuro, para que eles sejam fortes, para que eles vençam na vida.
Tenham, pois, o máximo cuidado na educação dos seus filhos, saibam dar-lhes não só o pão, mas também a educação, lembrando-se sempre de que o futuro dos filhos depende da educação, depende dos princípios que os pais lhes puderem dar agora.
Tudo na vida tem a sua explicação racional, e não podemos deixar de fazer sentir que, apesar de pais cuidadosos educarem convenientemente os seus filhos e apesar de muitas vezes possuírem muitos filhos, educando-os todos da mesma forma, há uns que não seguem a mesma rota dos outros; esses são os espíritos rebeldes, aqueles espíritos renitentes a quem dificilmente conselhos e educação dos pais podem produzir efeitos. Mas não devem por isso os pais deixar de cumprir o seu dever, porque não há regra sem exceção e quanto mais cuidado tiverem na formação espiritual dos filhos melhor cumprirão os seus deveres e nunca terão remorsos de haverem guiado inconvenientemente os filhos no caminho da vida
Colaborador: Júnior Madruga

VOCÊ SABIA?

O fantasma de Dante indicou o local.
Como foi recuperada parte do manuscrito de A Divina Comedia. Quando, em 1321, Dante Alighieri morreu, não foi possível encontrar partes do manuscrito de sua obra-prima, A Divina Comédia. Durante meses os seus filhos Jacopo e Piero, revistaram a casa e todos os papeis do pai. Tinham desistido da busca quando Jacopo sonhou que vira o seu pai vestido de branco e inundado de uma luz etérea. Perguntou à visão se o poema fora completado. Dante acenou afirmativamente e mostrou a Jacopo um local secreto no seu antigo quarto. Tendo como testemunha um advogado amigo de Dante, Jacopo dirigiu-se ao local indicado no sonho. Por detrás de um cortinado fixado na parede encontraram um postigo. No interior do esconderijo havia alguns papeis cobertos de bolor. Retiraram-los cuidadosamente, e os limparam com uma escova e coseguiram ler as palavras de Dante. Assim completou "A Divina Comédia". Se não fosse uma visão fatasmagórica surgida num sonho, um dos maiores poemas do Mundo teria provalmente permanecido incompleto". (Fonte - Seleções de Readers Digest)

OS PEQUENOS DA RUA

Nesse pequeno que passa, roto e sujo, pela rua, caminha o futuro. É a criança filha de ninguém, o garoto sem nome além de menino de rua.
Passa o dia entre as avenidas da cidade, as praças e por vezes nos amedronta, quando se aproxima.
Ele não vai à escola e todas as horas observa que se esgotam os momentos da sua infância.
Você atende os seus filhos, tendo para eles todos os cuidados.
Esmera-se em lhes preparar um futuro, selecionando escola, currículo, professores, cursos. Acompanha, preocupado, os apontamentos dos mestres e insiste para que eles estudem, preparando-se profissionalmente para enfrentar o mercado de trabalho.
Você auxilia os seus filhos na escolha da profissão, buscando orientá-los e esclarecê-los, dentro das tendências que apresentam.
Você se mantém zeloso no que diz respeito à violência que seus filhos podem vir a sofrer, providenciando transporte seguro, acompanhantes, orientações.
São seus filhos. Seus tesouros.
Enquanto seus filhos crescem em intelecto e moralidade, aqueloutros, os meninos de rua prosseguem na aprendizagem das ruas, maltratados e carentes.
À semelhança dos seus filhos, eles crescerão, compondo a sociedade do amanhã. A menos que pereçam antes, vítimas da fome, das doenças e do descaso.
Cruzarão seus dias com o de seus rebentos e, por não terem recebido o verniz da educação, as lições da moral e o tesouro do ensino, poderão ser seus agressores, procurando tirar pela força o que acreditam ser seu por direito.
Você se esmera na educação dos seus e acredita ser o suficiente para melhorar o panorama do mundo.
No entanto, não basta. É imprescindível que nos preocupemos com esses outros meninos, rotos e mal cheirosos que enchem as ruas de tristeza.
Com essas crianças que têm apagada, em pleno vigor, sua infância, abafada por trabalhos exaustivos, além de suas forças.
Crianças com chupeta na boca utilizando martelos para quebrar pedras, acocorados por horas, em incômoda posição.
Crianças que deveriam estar nos bancos da escola, nos parques de diversão e que se encontram obrigados a rudes tarefas, por horas sem fim que se somam e eternizam em dias.
Poderiam ser os nossos filhos a lhes tomar o lugar, se a morte nos tivesse arrebatado a vida física e não houvesse quem os abrigasse.
Filhos de Deus, aguardam de nós amparo e proteção. Poderão se tornar homens de bem, tanto quanto desejamos que os nossos filhos se tornem. Poderão ser homens e mulheres produtivos e dignos, ofertando à sociedade o que de melhor possuem, se receberem orientação.
Por hora são simplesmente crianças.
Amanhã, serão os homens bons ou maus, educados ou agressivos, destruidores ou mensageiros da paz, da harmonia, do bem. Você sabia?
Que é dever de todos nós amparar o coração infantil, em todas as direções?
E que orientar a infância, colaborando na recuperação de crianças desajustadas, é medida salutar para a edificação do futuro melhor?
Sem boa semente, não há boa colheita.
Enfim: educar os pequeninos é sublimar a humanidade.
Colaborador: Júnior Madruga.