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08 outubro 2009

O PERDÃO E O AUTOPERDÃO

Caros irmãos, muita paz!!!
Aqui vai o texto - síntese a palestra proferida pelo palestrante e músico André Gayoso, no último sábado 19 de setembro, às 19h30 no GESE.

Palestra: O PERDÃO E O AUTOPERDÃO
Por Júnior Madruga

CONCEITO:
Perdoar: do lat. Med. Perdonare significa “desculpar”, “absolver”, “evitar”. É o estado de ânimo em que se encontra alguém, agravado por outrem, seu agressor, e sente-se desagra-vado. O pecado, na Religião é um agravo a Deus, e o perdão consiste em não considerar-se Deus agravado; ou seja, desagravo. (Santos, 1965)
O conceito de perdão, segundo o Espiritismo, é idêntico ao do Evangelho, que lhe é fundamento: concessão, indefinida, de oportunidades para que o ofensor se arrependa, o pecador se recomponha, o criminoso se libere do mal e se erga, redimido, para a ascensão luminosa. (Equipe FEB, 1995) Reconciliação – do lat. reconciliato, de reconciliare, cons-tituído por re = prefixo iterativo + conciliare = conciliar, trazer a um acordo significa res-tabelecimento de relações ou de acordo entre duas pessoas que se haviam desentendido. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo)
Podemos enganar o mundo, ludibriar o nosso semelhante, escondernos por traz das aparências, mais jamais conseguiremos enganar, ludibriar ou nos esconder da nossa consciência....
É no subconsciente que estão inseridos todos os acontecimentos passados e os do futuro que ainda vamos viver. É através dele que somos levados a estar exatamente no lugar certo, na hora certa e com as pessoas certas, a fim de atender às nossas necessidades
evolutivas.
É ainda nele que estão gravados os nossos merecimentos e os nossos impedimentos, levando-nos a agirmos quase que automaticamente em direção das provações e experiências
necessárias ao nosso crescimento.
É o nosso cordão umbilical ligando-nos ao Criador ! É também através dele que acessamos a suprema inteligência que atua no universo cósmico de onde podemos subtrair valiosos conhecimentos de forma intuitiva.
O consciente se restringe apenas ao presente. O subconsciente, além de abranger o presente, abrange o passado e o futuro ! Na verdade, é o nosso super consciente !
Nada escapa a esse fiscal implacável das nossas vidas. A tudo registra, transformando em clichês etéreos que compõem nosso campo magnético ou campo de equilíbrio.
É nesse escaninho maravilhoso da nossa mente que Deus está presente com o Seu amor, com a Sua justiça e com a Sua misericórdia. Através dele, tudo sabe a nosso respeito.
Só a renovação constante dos nossos sentimentos é que pode alterar as gravações registradas no nosso subconsciente e, consequentemente, alterar nosso presente imediato e nosso futuro distante. Acreditar no perdão de Deus, sem a reparação dos nossos erros, é uma maneira infantil de avaliarmos a Sua grandeza.
O perdão de Deus está presente a cada encarnação que Ele nos concede, para reavaliarmos nossas atitudes e gozarmos da valiosa oportunidade de recomeçarmos onde paramos, ou reconstruirmos o que, impensadamente, destruímos no passado.

CARACTERIZAÇÃO DA OFENSA
Ofensa significa injúria, agravo, ultraje, afronta, lesão, dano. Causar mal físico a; ferir suscetibilidades. Ela depende do grau evolutivo tanto do ofendido quanto do ofensor, pois o ser espiritualizado não se envolve com picuinhas. Há que se considerar ainda a semântica
das palavras, pois muitos agravos vêm da má compreensão ou da má
interpretação daquilo que se disse.
Considerar-se injuriado depende também de nosso estado emotivo, de nossa situação financeira, do nosso estresse. Uma pessoa desempregada pode se sentir ofendido simplesmente porque a outra lhe manda trabalhar.

A MORTE NÃO NOS LIVRA DOS INIMIGOS
De acordo com os pressupostos espíritas, a morte não nos livra dos nossos inimigos, pois eles continuam vivos além-túmulos. Acontece que a ausência da vestimenta física é um elemento de maior facilidade para o ataque mental, isto é, através das interferências em
nossos mais secretos pensamentos.

PERDOAR É ESQUECER ?
Não. Perdoar é independente de esquecer. Uma coisa nada tem a ver com a outra, são coisas distintas – até porque não somos alienados. Temos no cérebro uma memória que registra todos os fatos, por isto quem perdoa não tem que, necessariamente, esquecer
do agravo sofrido. O que é preciso, na verdade, é esquecer no sentido de diluir a mágoa, a raiva ou o ressentimento que o fato gerou, caso contrário o perdão é superficial ou até mesmo ilusório.
Este tipo de esquecimento é extremamente benéfico para quem sofreu algum tipo de agressão, porque a energia gerada, a cada instante em que se revive o fato infeliz, aumenta a ferida que se formou e numa verdadeira roda viva acumula novo e desnecessário
sofrimento.
Tanto isto é uma verdade que a própria ciência da psicologia diz a todo instante, atestando que o esquecimento da mágoa por si só vale como uma excelente psicoterapia, pois que... O apego à ofensa propicia ao ofendido a oportunidade de carregar sozinho a chaga em que ela se constitui.
A diferença está naquele que realmente perdoa e consegue libertar-se daquela parte pesada da lembrança a ponto de não mais sofrer ao relembrá-la.

POR QUÊ ENTÃO, É TÃO DIFÍCIL PERDOAR ?
É difícil sim, porque somos seres ainda muito imperfeitos, com muito orgulho e egoísmo, que nos dificultam o relacionamento entre as pessoas.
Temos grande dificuldade em colocarmo-nos no lugar do outro, procurando perceber os sentimentos e emoções que o levam à ofensa. Muitas pessoas nem se conscientizaram da importância e da necessidade dessa ação para o conhecimento de si mesmas e dos
outros.
Temos dificuldades imensas em comunicarmo-nos, uns com os outros, de forma clara, expressando objetivamente nossos pensamentos e idéias. Quantas vezes ofendemos e somos ofendidos pela má expressão das nossas frases, por não nos fazermos
entendidos.
Como trazemos ainda, o mal dentro de nós, percebemos nos outros, com muito mais facilidade, os defeitos, o que nos impede de compreendê-los. Habituamo-nos a julgá-los, preconceituosamente, com exigências que não temos para conosco.

Vivemos durante inúmeras reencarnações considerando o perdão, a indulgência, a bondade como expressões de fraqueza, de covardia.
Entendíamos um dever vingarmo-nos sempre que nos julgássemos ofendidos.
Melindramo-nos, tão facilmente, por tão pequenas coisas, com as pessoas com as quais convivemos e até com as que amamos!... Por quê ?
Por estarmos, no presente, tentando desenvolver em nós as virtudes exemplificadas por Jesus, esforçando-nos para vivenciar o bem, mas, ainda, muito distantes dessa conquista, irritamo-nos, facilmente, com aqueles que, voluntária ou involuntariamente, nos
apontam nossos erros e enganos.
Gostaríamos que todos nos julgassem pelas nossas boas intenções e não pelas nossas atitudes e ações equivocadas. Porém, nós também, em relação aos outros, não nos esforçamos em compreender as suas dificuldades, os seus sentimentos e, queremos deles atitudes e ações que consideramos ideais, mas que ainda estão distantes de ser
desenvolvidas por nós, em nós.

POR QUÊ DEVEMOS PERDOAR ?
A primeira razão para perdoar encontra-se na constatação de que todos nós ainda somos imperfeitos.
Outras razões são a de que devemos perdoar para facilitar a convivência, o rela-cionamento entre nós e os outros. Todos desejamos ser felizes, viver e trabalhar em ambientes agradáveis, harmoniosos que proporcionem prazer, satisfação, paz e o per-dão recíproco, fraterno, de quem compreende que todos cometemos erros e, portanto, precisamos de indulgência, este perdão é o elemento capaz de transformar qualquer ambiente conturbado em ambiente prazeroso.

Vivemos em um mundo de ondas e vibrações que se cruzam, se atraem, se repelem conforme suas semelhanças e diferenças. Todo sentimento negativo, da tristeza ao ódio, pelas vibrações tensas e opressas que emitem, atraem outras semelhantes, de encarnados e
desencarnados.
Em nosso próprio benefício, pois, precisamos cultivar sentimentos nobres para, ao irradiá-los, atrairmos as irradiações boas. A mágoa, o rancor, a raiva, o desejo de vingança, que nos impedem de perdoar, nos priva também de atrair energias boas e agradáveis.Quando alguém nos magoa, nos agride, nos fere, o perdão é a nossa proteção contra o assédio das energias negativas.
Devemos perdoar sempre porque o perdão, mesmo quando unilateral, desfaz o senti-mento de animosidade. E no decorrer do tempo, na convivência nesta existência ou em futuras, através dos laços que se entrelaçam, o perdão terá sido a chave que abriu a porta
do coração à amizade, ao relacionamento afetuoso, transformando adversários em amigos.

QUEM NECESSITA DE PERDÃO ?
Todos nós, espíritos eternos, imperfeitos ainda como demonstram a complexidade de sentimentos e emoções contraditórios que se agitam dentro nós, levando-nos a erros e enganos.
Precisamos conseguir a consciência da necessidade do amparo mútuo e o perdão no dia-a-dia oferece ao que perdoa e ao perdoado a oportunidade de refletir sobre quem é, porque está aqui e para onde vai. O perdão no dia-a-dia leva-nos à humildade de reconhe-cermo-nos todos iguais, na origem e na destinação, nas possibilidades do desenvolvimento do nosso potencial, com as mesmas dificuldades de aprendizado.
Por quê então, sermos duros, exigentes, rigorosos com os outros e
indulgentes conosco ?

COMO APRENDER A PERDOAR ?
Perdoar é desculpar, não valorizando a ofensa, minimizando-a; é esquecer o mal recebido; é não sentir no ofensor um inimigo, mas uma pessoa com dificuldades pessoais.
Se alguém nos ofende, não o faz por maldade, mas por ignorância, significa, que quem nos ofendeu ignora, ainda não aprendeu a lição do respeito.
Sendo assim, haveremos de aceitar as pessoas como elas são; cheias de virtudes e defeitos. Não há perfeição, ainda somos imperfeitos.
Vamos sair da ilusão de que os outros devem ser perfeitos, principalmente quando agem conosco.
Muitos dizem: “Ah, eu me desiludi com aquela pessoa”. É claro! Sabem porquê ? Porque se iludiram com ela, pensando que esta seria perfeita o tempo todo. Provavelmente, notaram muitas virtudes e aí passaram a imaginar que aquela pessoa era um “anjo caído do céu”, mas quando esta mostrou os seus defeitos, veio a desilusão, o engano, a decepção. Aí muitos dizem que não conseguem perdoar porque estão muito magoadas. Porém, o problema não está no outro, pois era previsível que por mais especial que esta pessoa fosse, um dia acabaria agindo de forma diferente daquela que esperávamos. O erro está em nós, que não
aceitamos as pessoas como elas são.
Mas acima de tudo, em um grau elevado de evolução, perdoar é não se sentir ofendido, magoado, ferido pelo outro. Esse ideal a ser perseguido é não necessitar de perdoar porque vê no ofensor um irmão necessitado de ajuda, de compreensão, de amor.
É uma luta interna, invisível aos olhos alheios, por vezes muito difíceis e tanto mais difícil se torna para a pessoa dominada pelo orgulho e egoísmo.
Perdoar não é uma atitude, é o reconhecimento da própria Luz que está em nosso coração, é o desejo que o próximo reencontre sua verdadeira natureza.

AS RAZÕES LÓGICAS PARA O EXERCÍCIO DO PERDÃO
Em virtude de uma ofensa, lembremo-nos:
1) a reação é um direito que não pertence ao homem, mas só a Lei de Deus;
2) se desejamos justiça, estejamos certos: a reação da Lei é muito mais poderosa que as nossas.
3) Com nossa reação humana não afastamos e nem apagamos o mal, a não ser na aparência e provisoriamente, porque não eliminada a sua causa ele voltará para nós.
O correto seria agir da seguinte forma:
1) renunciar à vingança;
2) perdoar a ofensa;
3) esquecer de exigir justiça.
Se esquecermos de exigir justiça para o nosso caso particular, ele
acabará pertencendo à Lei e ficaremos livres de qualquer dívida.
(Ubaldi, 1982, p. 196-204)

AUTO-PERDÃO
Uma das fontes de auto-agressão vem da busca apressada de perfeição absoluta, como se todos devêssemos ser deuses ou deusas de um momento para outro. Aliás, a exigência de perfeição é considerada a pior inimiga da criatura, pois leva a alma a uma constante hosti-lidade contra si mesma, exigindo-lhe capacidades e habilidades que ela ainda não possui.
Se lutamos conosco nos condenando, exigindo de nós mesmos atitudes que estão acima das nossas forças, podemos estar apenas nos punindo, o que não será produtivo. No entanto, se nessa luta interior reconhecemos as nossas limitações e nos dispomos a caminhar, com confiança, progredindo, corrigindo as próprias atitudes na medida das nossas forças e apoiados na fé, então, sim, estamos nos concedendo o auto-perdão.
O sentimento de culpa é altamente prejudicial, pois, inconscientemente, passamos a nos punir durante toda a nossa vida, gerando distúrbios de comportamento, tais como:
isolamento, depressão, tristeza crônica, falta de cuidado com a saúde, com a aparência, desinteresse pela vida.
Muitas das doenças congênitas como paralisias, mudez e outras deficiências, quase sempre têm aí as suas origens, inclusive alguns casos de câncer que se manifestam ao longo da existência física. É ainda, nesse processo, que surgem o estigma e a zoantropia.
Não ter sentimento de culpa não significa que não devemos ter consciência das nossas dificuldades e limitações porque esta condição é indispensável para o processo de
reparação/renovação. O que não podemos é esterilizar a nossa capacidade de reação, como se a vida não tivesse de continuar de qualquer modo.
A auto punição fragiliza o espírito e abre caminho para a ação do obsessor, o auto perdão a auto compreensão, permite que o espírito reuna as suas forças e abra o caminho para o auxílio externo.
Deus nos perdoa sempre ! Nós é que ainda não aprendemos a nos perdoar.
Quando reencarnamos, trazemos as marcas das encarnações anteriores fortemente gravadas no nosso subconsciente. Muitas delas se configuram como um profundo sentimento de culpa em acentuado remorso pelos erros cometidos.
Deus não julga e nem condena ninguém; somos o nosso próprio juiz e carrasco. À medida que, a cada encarnação, aprimoramos o nosso senso de justiça, mais exigentes nos tornamos quanto ao cumprimento da lei em nós mesmos.
Da mesma forma que aprimoramos o nosso senso de justiça, ampliamos o nosso amor, deixamos de nos punir com o sofrimento e passamos a usar a caridade e o amor ao próximo
para cobrir a multidão dos nossos pecados.
Embora o nosso consciente não registre o processo auto-punitivo existente em nosso subconsciente, podemos exercer um trabalho consciente a fim de nos libertarmos desse processo altamente negativo. Deus não quer seus filhos entregues a um remorso excessivo tornando-os improdutivos, mas sim, ativos, buscando nas realizações louváveis o equilíbrio da própria consciência.
A auto-punição se acentua no período noturno, quando deixamos nosso corpo entregue ao devido descanso e assumimos temporariamente nossa super consciência.
Entretanto, se durante o período de vigília, exercitamos o autoperdão, essa atitude se refletirá nos momentos em que retomamos a super consciência, amenizando o rigor da auto-condenação.
Perdoar-nos resulta no amor a nós mesmos – o pré-requisito para alcançarmos a plenitude do “bem viver”.
Perdoar-nos é não importar-nos como o que fomos, pois a renovação está no instante presente; o que importa é como somos hoje e qual é nossa determinação de buscar nosso progresso espiritual.
Perdoar-nos é conviver com a mais nítida realidade, não se distraindo com ilusões de que os outros e nós mesmos “deveríamos ser” algo que imaginamos e fantasiamos.
Perdoar-nos é compreender que os que nos cercam são reflexos de nós mesmos, criações nossas que materializamos com nossos pensamentos e convicções íntimas.
Portanto, o auto-perdão é, o reconhecimento do erro cometido, mas, também, a disposição de levantar-se, corrigir o erro e seguir adiante, segundo a vontade de Deus.
Porém, embora exercitemos o auto-perdão, nenhum resultado alcançaremos se ainda alimentamos alguma mágoa por alguém, mas quando, mesmo sem exercitarmos o auto-perdão, conseguiremos perdoar aqueles que nos magoaram e fizermos do perdão uma
constante em nossas atitudes, automaticamente, estaremos caminhando em direção ao perdão de nós mesmos.

CONCLUSÃO
Concluímos que, quem não perdoa, carrega consigo, no mundo extra-corpóreo, a sombra e o remorso.
Apesar que o perdão nos é uma coisa difícil, a nossa resistência ao perdão verdadeiro é um problema para nós mesmos e não para aqueles com quem estamos ressentidos.
Mas, nem por isso deixemos de exercitá-lo.
Pois, seus benefícios são enormes, como: reduzir significativamente a ansiedade, a depressão, a hostilidade e aumenta a auto estima, a confiança e a esperança naquelas pessoas traumatizadas pelo ódio.
Além do que, aquele que perdoa, transpõe os pórticos da Espiritualidade, na morte do corpo físico, com a paz na consciência, a luz no Espírito, o consolo no coração.
Portanto, perdoar é amar a vida, amar a si mesmo, amar o próximo, pois nossa origem é simplesmente o amor.

Bibliografia:
Amor, Imbatível Amor – Divaldo P. Franco
Lições para a Felicidade – Divaldo P. Franco
Vida: Desafios e Soluções – Divaldo P. Franco
O Homem Integral – divaldo p. Franco
O Consolador – Francisco Cândido Xavier
Renovando Atitudes - Hammed

07 outubro 2009

VOCÊ SABIA?






O Presidente norte-americano Abraham Lincoln, que desencarnou em Washington, E.U.A., foi espírita e realizava sessões mediúnicas na Casa Branca?

A VERDADEIRA FELICIDADE

Nem sempre as pessoas se dão conta da existência de Deus. Não se lembram de louvá-lo pela bênção da vida e de agradecer por tudo que a Misericórdia Infinita oferece.
Parece que o mundo pertence aos homens, que tudo se resolve com a força do dinheiro e do prestígio, que a felicidade é uma questão de saldo bancário e que ninguém precisa de ninguém.
No entanto, o Homem é constantemente atingido por fatos e fenômenos cuja causa não pode controlar, desde os furacões e terremotos até a perda de entes queridos, a bancarrota financeira, a perda do emprego que sustenta o lar materialmente, as doenças incuráveis.
Nestas horas, torna-se mais fácil clamar pela ajuda de Deus.
Quando sofremos conseqüências inevitáveis de coisas que estão além da nossa compreensão, é como se precisássemos ampliar nosso entendimento até o rol das potências invisíveis, dos desígnios divinos, do destino e do sentido da existência.
É por isso que Delphine de Girardin (Espírito) escreve, e Kardec incluiu em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, que precisamos saber reconhecer a infelicidade real que se esconde, às vezes, sob a aparência do luxo e da prosperidade com as pessoas cegas pelos vícios e o egoísmo, enquanto que os tropeços e dificuldades da vida são, no fundo, passos largos que podemos dar no crescimento espiritual e no desenvolvimento das verdadeiras virtudes. Diz este Espírito: A infelicidade é a alegria,a fama, a agitação vã, e a louca satisfação da vaidade, que fazem calar a consciência que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem sobre seu futuro...
Nada acontece sem a permissão de Deus, que não quer que nada de mau aconteça aos seus filhos. Em lugar da revolta contra o destino, aprenderíamos mais se refletíssemos sobre o significado daquele sofrimento que a vida nos está impondo, sobre a razão porque estamos sendo experimentados daquela forma e não de outra, sobre qual lição o Pai espera que tenhamos aprendido, ao fim de tudo.
O que aos nossos olhos parece uma tragédia - a falência, a doença grave, um longo período de desemprego, a desarmonia familiar - quando se vê pelo prisma da Vida Espiritual, pode ser a chance de um grande avanço no sentido do progresso que conduz à felicidade real, a qual só alcançamos quando, moralmente, nos transformamos para melhor.
Colaborador: Júnior Madruga