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27 dezembro 2007

Feliz 2008

A cada dia de nossa vida, aprendemos com nossos erros ou nossas vitórias, o importante é saber que todos os dias vivemos algo novo. Que o novo ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante é uma benção de Deus

19 dezembro 2007

Mensagem de Natal

Um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas.
É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca.
É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações.
É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui.Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia.
O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração.
Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.
Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz.
Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes.
Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último.
Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante.
Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo.
Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos!

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!

14 novembro 2007

A orientação moral do trabalhador espírita

Temos observado nesses últimos tempos dentro do movimento espírita, a realização de uma série de encontros, debates, simpósios e congressos, todos com o objetivo nobre de estudar o Espiritismo e sua prática. A nosso ver, são momentos importantes para a confraternização de irmãos e, acima disso, para o fortalecimento do entendimento doutrinário.
Muitos entendem que fazendo assim, estaremos vivenciando o célebre chamado do Espírito de Verdade: "Amai-vos e Instruí-vos".
Sem querer fazer uso da crítica pura e simplesmente, temos notado que nestes encontros, as prioridades estão sendo dadas às questões científicas, filosóficas, propagação e movimento. Questões estas que concordamos serem necessárias a sua abordagem. Mas, perguntamos: e a questão Moral?
Por que estamos deixando-a sempre de lado? A finalidade primeira do Espiritismo não é a melhoria do homem em seus aspectos morais?
O Espiritismo em seu tríplice aspecto revela uma doutrina de fundamentos científico-filosóficos, mas, como o Cristianismo, de conseqüências morais. Que experimentemos a primeira sem nos esquecermos da última.
Com o entendimento espírita, passamos a ter a consciência de que o nosso crescimento moral nos é tarefa inadiável e intransferível. O Espiritismo nos coloca novamente frente à Jesus. E a exemplo de João Batista, devemos repetir para nós mesmos.
A Doutrina Espírita é uma Mensagem Divina, que fortalece a idéia de nos moldarmos a ela e não ela a nós. Só assim sairá de dentro de nós o homem novo que contribuirá para a construção de um mundo melhor, moradia de bons Espíritos.
Iniciando uma luta contra parte das imperfeições residentes em nossa vida, teremos a oportunidade de buscar a reforma moral que o mundo necessita para sua paz e progresso. A conivência com os erros, próprios da categoria evolutiva em que nos encontramos, faculta o alimento para a manutenção do atraso moral da sociedade. Não podemos ser homens de bem sendo coniventes com o mal.
A Moral - Recorremos a uma das questões de O Livro dos Espíritos, para definirmos o que é a moral.
Questão 629 - Que definição se pode dar da moral?
Resposta: "A moral é a regra da boa conduta e portanto da distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observação da lei de Deus. O homem se conduz bem quando faz tudo tendo em vista o bem e para o bem de todos, porque então ele observa a lei de Deus".
Podemos observar também o conceito mais próximo do nosso tempo, dado por Joana de Ângelis: "São os princípios salutares de comportamento que resultam o respeito ao próximo e a si mesmo.
Observando estas regras, o homem pratica o bem e evita o mal".
Moral Cristã
O germe da moral cristã veio através de Moisés, espírito notoriamente enviado de Deus. Os dez mandamentos preparavam a humanidade para viver uma moral sublime no futuro. Deveria o homem deixar o poder da força para se interessar pelo poder do amor.
Chegou então o futuro e teve início com o trabalho do governador supremo do orbe terrestre; Jesus Cristo. Ele ensinou o amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Acrescentando também o "Fazei aos homens tudo o que quereis que eles vos façam"; esta é a lei e os profetas, afirmou.
Sua moral evangélica-cristã é a única saída para a renovação do mundo, para aproximar os homens e torná-los verdadeiramente irmãos, num clima de solidariedade e amor.
Moral do Espiritismo
A moral do Espiritismo é a mesma moral do Cristo. O Espiritismo veio no tempo certo como prometeu Jesus, tendo como finalidade auxiliar a humanidade a não se distanciar e nem se desviar das diretrizes deixadas por Ele.
Com o Espiritismo a humanidade encontrará a chave da vida futura e abrirá as portas para a felicidade que tanto procura.
Os sinais que nortearão os homens a encontrarem esta chave devem estar naqueles que abraçaram sua causa; não por palavras, mas por exemplos que deverão dar.

Moral do Trabalhador Espírita
Allan Kardec, em "O Evangelho Segundo Espiritismo"; cap XVII - item 3, dá a forma ideal da moral cristã, tendo em vista o homem espírita, o que serve também ao trabalhador da causa. São as características do Homem de Bem.
Mais à frente, no mesmo capítulo, item 4, fala o Mestre Lionês, que devemos reconhecer um verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que empreende para vencer suas más inclinações.
Com isso, Allan Kardec deixa claro que não precisamos apresentar nenhum certificado de pureza, mas devemos apresentar sim, boa vontade e disposição para vencermos as imperfeições e angariarmos as virtudes que precisamos para vivenciar a moral cristã.
A Doutrina Espírita já é conhecida inclusive fora de seu meio, por ser uma doutrina que nada impõe. Mas embora não imponha condutas, não deixa de sugerir o uso do bom senso, quanto a melhor forma de aproveitarmos a existência. Com isso, devido ao atraso espiritual que nos cerca, tentando adequar a Doutrina à nossa forma de viver, nasceram dúvidas em nosso meio, sobre o que seria mais prejudicial em nosso comportamento. As conveniências humanas mais uma vez falam alto, aparecendo as velhas peias da materialidade que já nos prendem há milênios, contrárias à Espiritualização que nos espera.
No "Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo XVII, item 10, há uma mensagem intitulada "O Homem no Mundo", ditada por um espírito protetor.
"Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração daqueles que se reúnem sob os olhos do Senhor e imploram assistência dos bons Espíritos. Purificai, pois, os vossos corações; não deixeis nele demorar nenhum pensamento mundano e fútil; elevai vosso espírito até àqueles a quem chamais, a fim de que encontrando em vós as disposições necessárias, possam lançar profusamente a semente que deve germinar em vossos corações e nele dar frutos de caridade e de justiça" - e acrescenta mais adiante, que não precisamos viver uma vida mística que nos mantenha fora das leis da Sociedade em que estamos condenados a viver. Vivei como os homens de vossa época, como devem viver os homens, afirma. Sacrificai as necessidades, mesmo as frivolidades do dia-a-dia, mas sacrificai-as com um sentimento de pureza que as possam santificar, encerra a entidade.
Ao nosso ver, estes tópicos do Evangelho deixam muito claro que a conduta de um espírita não precisa ser imposta, mas sim de conformidade com o bom senso.
Enfocaremos a conduta do trabalhador espírita em cinco aspectos:

>No meio Espírita
>Na Sociedade
>Na Família
>Usos e Costumes
>Vícios e Distúrbios

No Meio Espírita
Todo trabalhador espírita não deve perder de vista a recomendação do Espírito de Verdade; Amai-vos e Instruí-vos.
Nos dias atuais, vemos muitos acontecimentos negativos sobressaindo no meio espírita. Está faltando esta compreensão.
A caridade deve começar entre nós, auxiliando-nos uns aos outros. Somos espíritas e não Espíritos elevados. Os erros, as fraquezas são marcas que ainda carregamos conosco. Nosso estágio evolutivo é muito pequeno. Não devemos esperar perfeição, mas almejá-la.
Isso significa que temos que nos esforçar para oferecer ao mundo espiritual, o melhor material íntimo que conseguirmos. Não obstante, devemos compreender que cada um dá aquilo que tem e que pode dar.
As reuniões, mesmo informais, chás que são promovidas para falarem mal do dirigente e dos demais trabalhadores devem dar lugar ao trabalho e ao respeito. Podemos criticar, divergir de idéias, mas sem que com isso percamos o sentido de fraternidade. No meio espírita, até o dividir deverá ser multiplicar. Quantos reclamam estar faltando exatamente aquilo que deveriam estarem fazendo.
O espírito de equipe deve estar sempre vivo entre nós. Só assim vamos realizar aquilo que é nossa tarefa, sem precisar de cargos ou posições. O trabalhador espírita deve usar sempre de simplicidade, verdade e respeito. Somente assim vai ser um instrumento disciplinado.
No tocante ao "instruí-vos", a situação parece-nos ainda mais séria. Muitos estão no meio espírita lidando com encarnados e desencarnados; outros, porém, se tornam representantes da Doutrina, dirigentes de casas espíritas, sem conhecerem o Espiritismo. Allan Kardec, para a maioria dos espíritas, é realmente o "Grande Desconhecido".
Ele mesmo, o Mestre Lionês, asseverou que a maior caridade que podemos fazer para o Espiritismo é a sua propagação. Pode-se acrescentar a isso a necessidade do estudo metódico, para bem propagá-lo.

Na Sociedade
A Doutrina Espírita não é uma doutrina de aparência como entendem alguns. Quem vivia de aparências eram os fariseus, não os cristãos. O Espiritismo é, e sempre será, de conseqüências morais. Foi trazido à Terra para contribuir com a transformação moral do homem.
O trabalhador espírita, representante do bem junto à Sociedade, terá o dever de ser uma criatura educada e disciplinada em todos os departamentos da vida. No dia-a-dia deve ser sempre o servidor.
"Eu não vim para ser servido, mas para servir". Assim vivia o Mestre e assim devemos nos portar também.

Na Família
É um dever do espírita, pelo conhecimento recebido, trabalhar na estrutura familiar, fortalecendo a própria sociedade. Não precisamos ter uma sensibilidade aguçada para sentir que a família espírita tem vivido os mesmos problemas das famílias comuns (sem instrução espiritual). Problemas de relacionamento, desequilíbrios emocionais, adultério, filhos rebeldes etc.
Por que isto está acontecendo? Quase sempre é devido a ser apenas uma ou outra pessoa do grupo familiar a buscar o Espiritismo; raramente é a família toda. Com isso, a convicção religiosa fica dividida, dificultando a situação.
Há muito tempo as Federativas vêm se preocupando com essa situação. Tanto que já houve muitas campanhas neste sentido.
A União das Sociedades Espíritas - USE, por exemplo, realizou uma campanha há mais ou menos doze anos. Neste período, como afirmou seu idealizador, muito foi feito na área infantil, na adolescência e na mocidade. Mas, para sua tristeza, viu que houve o esquecimento de se fortalecer o mais importante: o casal. Trabalhou-se com a cobertura, esquecendo-se do alicerce.
Dentro da Lei de Evolução, é sempre tempo de recomeçar, de reconstruir, e neste sentido devemos unir nossos casais espíritas. Como? Procurando formar em cada casa espírita, pessoa ou pessoas capacitadas no assunto. Pessoas equilibradas, com bastante conhecimento doutrinário, com experiência no casamento e se possível com entendimento na área da psicologia.
Só fortalecendo os casais teremos crianças na Evangelização infantil e jovens nas casas espíritas.

Usos e Costumes
A simplicidade sempre foi uma marca nos cristãos dos primeiros tempos. Jesus sempre recomendava que para segui-lo deveriam as pessoas deixar os bens e os prazeres mundanos. O Espiritismo vem reviver aqueles momentos. Devemos refletir sobre isso.
Temos um grande exemplo dado pela Espiritualidade em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. XIII, item 4, com o título, "Os Infortúnios Ocultos".
Trata-se de uma senhora de poder aquisitivo alto, que poderia fazer uso do supérfluo , e apesar disso vestia-se com muita simplicidade para que o luxo não viesse insultar a miséria.
Este recado deve encontrar ressonância maior naqueles que expõem o Evangelho e atendem ao público. Se o Evangelho busca levar ao homem a simplicidade e o desprendimento das coisas materiais, este recado não soa bem vindo de uma fonte de ostentação.
É natural que uma pessoa que começa a desvendar as belezas espirituais, passe também a questionar a si mesma ou aos companheiros sobre aquilo que costumeiramente fazia. Vale lembrar que o bom senso deve sempre prevalecer. Nada de radicalismos. A simplicidade não deve chegar ao extremo, passando a ser uma forma disfarçada de se aparecer. O entendimento do desapego aos bens materiais não pode transformar-se em fanatismo.

Vícios e Distúrbios
Estes são pontos polêmicos dentro do movimento espírita. Uma certeza todos nós temos: somos todos portadores de grandes vícios e distúrbios, visíveis e invisíveis, que nos caracterizam como sendo espíritos imperfeitos.
Os visíveis são aqueles que os nossos sentidos já podem perceber, dado sua materialidade. Por exemplo: o adultério, a homossexualidade, o materialismo, a gula, o uso de tóxicos, narcóticos e alcoólicos.
Os invisíveis são aqueles que nos são indiferentes . Exemplo: orgulho, egoísmo, presunção etc. Sem dúvida, os mais difíceis de serem combatidos.
"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações" - Allan Kardec.

Ismael Batista de Souza - Portal do Espírito
Grupo Espírita Bezerra de Menezes

23 outubro 2007

O colar de turquesas azuis

O homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída enquanto uma garotinha se aproximava da loja. Ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrine. Os seus olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto. Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis, então disse ao balconista:"É para minha irmã, você pode fazer um pacote bem bonito ?"
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou:"Quanto dinheiro você tem ?"
Sem hesitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e disse: "Isso dá, nãodá ?"
Era apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.
" Sabe ", continuou, "eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que nossa mãe morreu ela cuida de mim e não tem tempo para ela . Hoje é aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é a cor dos olhos dela".
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita azul.
"Tome", disse para a garotinha, "Leve com cuidado".
Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou na loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e interrogou?"Este colar foi comprado aqui ?"
"Sim senhora", respondeu o dono da loja.
"E quanto custou ?"
"Ah!", falou o lojista "o preço de qualquer objeto em minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente"
"Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. E este colar é verdadeiro, não é ? Ela não teria dinheiro para pagar por ele".
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: "Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha".
O silêncio encheu a pequena loja e lágrimas rolaram pela face da jovem enquanto suas mãos tomavam o embrulho.
A verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições.

Autor desconhecido

COMPROMISSOS ASSUMIDOS

"O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir."- Jesus. (Marcos, 10:45.)
Estamos aqui para colaborar na Seara do Mestre, dizia-me um certo amigo, todas as vezes em que eu lhe indagava sobre suas atividades na Instituição que este freqüentava, todavia, alegava que estava com muitos compromissos no trabalho e em casa, e que no momento não dispunha de muito tempo para as tarefas espíritas, mas assim que as coisas folgassem...
Muitos irmãos ao chegarem pela primeira vez à Casa Espírita, ficam deslumbrados, empolgados com as realizações ali presentes. A palestra edificante, as orientações do plano mais alto, chamam à atenção ao trabalho nobilitante e regenerador, e de pronto assumem ou prontificam-se a colaborar em qualquer setor da Casa, querem fazer tudo, "mostrar serviço", tomam para si várias tarefas, assumem diversos compromissos, pois transpiram boa vontade e desejam trabalhar,
Se convidados ao estudo aceitam de imediato, pois a sede de esclarecimento é muito grande, no entanto é a freqüência e a participação que revela o verdadeiro interessado. Quando o assunto então é mediunidade, deixam à mostra a grande ansiedade por uma oportunidade em um grupo mediúnico, seja na esperança de manter contato direto com algum ente querido que já partiu, ou mesmo para que possam ser veículos de transmissão de mensagens esclarecedoras provenientes de Espíritos de escol, poucos ainda são os que buscam estes grupos, na simples intenção de prestar auxílio aos Espíritos sofredores.
Porém, já diz a sabedoria popular que, "o tempo é o senhor da razão", a prova disso é que alguns meses depois de toda essa empolgação, estes irmãos sentem-se arrefecidos pelo desânimo que as dificuldades do dia-a-dia os impõe e começam a faltar aos compromissos assumidos na Seara Espírita, já não dispõem mais da mesma disposição inicial, os compromissos familiares e sociais reclamam-lhes a presença, e a falta de tempo torna-se a desculpa mais cômoda para o afastamento do trabalho com Cristo.
Alguns percebem, outros não, o quanto é difícil desenvolver consciência espírita aliada à capacidade de planejamento, a empolgação inicial que os leva a assumir mais tarefas do que podem abraçar, redunda no afastamento da Casa, e quando indagados sobre o motivo do "sumiço", alguns chegam a responder sem rebuços que agora são "espíritas free lancers", ou seja, visitam um Centro ou outro de vez em quando sem compromisso com a casa, mas com a causa.
A Doutrina Espírita não requer de nós dedicação em tempo integral, no que tange ao desenvolvimento de tarefas dentro do Centro, pois temos as nossas obrigações sociais e familiares, também não é objetivo da Doutrina Espírita o profissionalismo religioso, em contrapartida os Espíritos pedem responsabilidade naquilo que assumimos, pois o envolvimento com as realizações a que nos propomos transcende ao aspecto material da questão. Há por parte da espiritualidade maior, uma preparação antes da realização de qualquer tarefa no campo do auxílio, que obviamente conta com a anuência do Cristo, portanto a ausência não reflete apenas no trabalho em si, mas no chamado do Mestre Jesus, daí a necessidade de equacionarmos melhor o nosso tempo, visto que sempre dispomos de espaço para o trabalho na Seara do Mestre.
(Publicado na revista O Espírita n. 93 jul/set , 96 )

01 setembro 2007

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O Barco das Religiões

Era uma vez um povo que vivia em um mar de possibilidades...
Neste mar este povo foi lançado sem saber nadar bem e sem rumo que os orientasse. De repente, eles encontraram uma embarcação. Ela foi a “salvação” que procuravam, já que eles nadavam sem rumo e sob o risco de se afogarem. Subiram à embarcação e sentiram-se aliviados e protegidos, porque com eles seguiam outras pessoas que também subiram à mesma embarcação para salvarem-se.
Era confortante e seguro estar junto com outros que buscavam o mesmo destino que era a “terra firme”. A “terra firme” parecia uma promessa distante, que nunca haviam visto mas que sentiam que existia e pela qual perseveravam. Então seguiram todos no mesmo barco por tempos e tempos.
Este barco que os pareceu maravilhoso, grande e portentoso, agora era o ambiente comum. Passado o deslumbramento, assim como passa o deslumbramento das paixões, deram-se conta de que não se trata de uma embarcação tão segura assim. Mais que isso, ela possuía muitas falhas em seu casco, muitas brechas que tornavam lento o seu navegar e incerto o seu itinerário. Aos poucos alguns deles começaram a mergulhar no mar de vez em quando, a fazer rápidas excussões para fora da embarcação e aprender a nadar com agilidade. Outros mais medrosos preferiam não arriscar estes nados audazes e permaneciam na segurança da embarcação ainda que ela não fosse tão segura assim.
Os que habitualmente pulavam para fora do barco, gradualmente adquiriram a capacidade de nadar habilmente e às vezes era monótono ficarem restritos ao barco, principalmente quando se conseguia nadar mais rápido que o grande e pesado navio. O barco antes nadava com mais agilidade, mas agora ele estava sobrecarregado de náufragos errantes e acomodados que se recusam a fazer sua manutenção.
Os náufragos errantes fizeram regras e políticas de como viver dentro do grande e pesado barco e aquele foi se tornando um lugar insuportável, mas os tripulantes, ou aqueles que se elegeram tripulantes, disseram que o grande barco é o único meio de chegar à “terra firme” e que para os proteger, a partir de então, todos estariam proibidos de fazer excursões de natação ao mar.
– O mar – diziam os tripulantes da nau – é um lugar perigoso e cheio de surpresas, é preciso que nos protejamos no grande barco.
Aqueles que costumavam nadar se sentiam presos e pesados. Gostavam dos amigos que fizeram no barco, mesmo daqueles que tinham medo de aprender a nadar e por eles também permaneciam no barco. O pior foi que, ao observarem o barco por fora, os nadadores viam que a maresia carcomia seu casco e que mais cedo ou mais tarde ele naufragaria lançando todos ao mar. E agora? O que seria dos amigos que não sabiam nadar? Afogar-se-iam ou seriam devorados pelos animais perigosos? Será que encontraríamos a “terra firme” antes de o grande barco naufragar?
Ah...! A “terra firme” parecia uma promessa tão distante... para todos os lados só víamos o vazio desolador das águas sem fim e depois de todo esse tempo não parecíamos estar perto. Nem sequer tínhamos certeza se nossos instrumentos de navegação eram precisos. E se estivéssemos navegando em círculos?
Então um dia, corajosamente, um grupo de nadadores de vanguarda decidiu abandonar o barco. Eles já estavam muito treinados, conseguiam nadar bem mais rápido que o barco e sem se cansar. Já estavam preparados para explorar outros rumos adiante e tentar salvar aqueles que ficaram no barco antes que ele naufragasse.
Os nadadores de vanguarda também não suportavam mais viver com as mesquinharias dos que viviam no barco; as disputas mesquinhas de poder, os simulacros e hipocrisias, as questões menores. O pior era que os tripulantes, desfrutando de condição cômoda e privilegiada, pareciam não se importar mais em atingir a “terra firme”. Eles também já tinham, sem se dar conta, perdido a esperança de chegar a “terra firme” e, por outro lado, sabiam que se chegassem lá, todas as regras, leis e hierarquias perderiam o sentido. Uma vez na “terra firme”, não existiriam mais cargos e poder, todos estariam livres da vida no barco. E os demais que viviam no barco, tinham medo de nadar e se afogar e viviam infelizes deixando que o barco decidisse seu próprio rumo, pois mesmo que o barco não levasse a lugar nenhum, pelo menos eles estariam todos juntos e morreriam todos juntos. Nada poderia ser pior que estar sozinho na imensidão do mar vazio, as pessoas preferem a morte à solidão.
Por isso os tripulantes do grande barco chamaram os nadadores de vanguarda de desertores e hereges. Mas os nadadores não se importavam mais com o que pensavam os tripulantes. Não foi fácil para os nadadores deixarem o navio que lhes serviu de salvação, eles se lembraram de quando estavam perdidos no mar, fracos e sem mal saber nadar e o navio apareceu para lhes oferecer apoio e fortalecimento. Mas agora que estavam mais fortes e independentes podiam seguir seu caminho mesmo deixando para trás aqueles que amavam.
Os nadadores de vanguarda saíram mar adentro, nadando alegremente por mares então desconhecidos. Ao atravessar os limites do horizonte, ao atravessarem tempestades e escaparem de animais perigosos, depois de se sentirem perdidos e sozinhos, eles oraram ao deus da “terra firme” para que dessem alguma solução, para que pudessem voltar a tempo de salvar aqueles que estavam com medo no grande barco sem acreditar que ele naufragaria lançando todos ao mar.
Eis que então apareceu uma bela criatura marinha. Ela parecia humana, mas era muito mais bela que as criaturas humanas. Seu corpo brilhava e ela podia nadar com a agilidade que nenhum dos nadadores de vanguarda conseguia nadar. E então um dos nadadores perguntou:
- Que tipo de criatura é você? E como consegue viver sem uma embarcação ou longe da “terra firme”?
- Sou uma criatura igual a você, mas vim de outra embarcação mais antiga. Eu e meus companheiros já deixamos nosso barco há muitos milênios. Venham comigo e eu vos mostrarei. Aquele ente divino conduziu os nadadores para conhecerem outros entes parecidos com ele. Os nadadores descobriram que eles eram muito mais antigos que seu grupo e estavam muito mais adaptados à água. Eles podiam viver dentro e fora d’água e guardavam muitas estórias de outros povos ainda mais antigos que eles que dominavam todos os mares. Os nadadores de vanguarda descobriram que aquelas criaturas eram diferentes porque haviam se adaptado à vida no mar, viviam no mar como se fosse a “terra firme”, estavam a vontade e felizes.
Naquele momento um dos nadadores de vanguarda perguntou:
- Para que lado está a “terra firme”? Precisamos saber para salvar nossos semelhantes que vivem em uma embarcação. Logo a maresia corroerá a embarcação e eles serão lançados ao mar. Precisamos conduzir o navio à “terra firme” antes que o pior aconteça.
E a resposta que os nadadores receberam deixou-os estupefatos. A criatura que os recebeu lhes disse com pesar e voz amena:
- Não existe “terra firme” neste planeta.
- O que você está dizendo? Perguntou um dos nadadores.
- Há milênios que nós nadamos todos os mares deste planeta, nossos antepassados já mapearam todos os recantos e podemos assegurar que este é o planeta das águas. Não existe “terra firme”!
E agora? Pensaram os nadadores de vanguarda. Será o fim de nosso povo? Mas a criatura bondosa pediu que eles a acompanhassem e os levou ao grande salão dos espelhos das criaturas aquáticas. Diante do espelho cada nadador pode contemplar que havia mudado suas formas e que agora se pareciam mais com as criaturas aquáticas do que com aqueles que viviam no barco. Haviam se adaptado!
- Eis a resposta! Disse a criatura. – Aqui é “terra firme”, um lugar que só existe no terreno dos nossos corações. Pouco importa está sozinho no mar ou numa embarcação, tudo é e não é “terra firme”, depende apenas de como você se sente. No passado também tivemos que abandonar nossos barcos para buscar um lugar seguro. Nunca tínhamos visto “terra firme”, este era um anseio de nossos corações, e se nós ansiávamos, então acreditava-mos que deveria existir. E de fato existe, mas não da maneira que esperávamos.
- E na sua época alguns se recusaram a aprender a nadar? Perguntou um nadador.
- Sim! E estes são os vossos antepassados. Continuam criando embarcações onde são infelizes.
- Mas porque existem as embarcações?
- Existem porque vocês precisam delas. Ainda não se reconheceram como seres aquáticos, ainda não aprenderam a ser solidários se não forem obrigados a viverem juntos em uma mesma embarcação. As embarcações são necessárias enquanto ainda somos crianças e para termos a sensação de segurança necessária para aprender a nadar. Somos como um pássaro que precisa de seu ninho nas primeiras semanas de vida, mas se nos recusamos a voar, somos lançados de cima da árvore. Assim também, seus companheiros serão lançados ao mar se continuarem a se recusar a aprender a nadar. Respondeu a criatura.
- E o que devemos fazer? Perguntaram os nadadores que agora se pareciam com as criaturas aquáticas.
- Vocês chegaram até aqui por merecimento. Não precisam voltar se não quiserem, mas se amarem os seus de verdade, como nós nos amamos, vocês retornarão para ajudar àqueles que tem medo. “Terra firme” já está dentro de vocês. Não importa se o navio naufraga ou continua a perambular, o que importa são as pessoas que estão dentro dele. Não é pecado sair do navio, pecado é não amar. Porque quem tem “terra firme” em seu coração ama incondicionalmente, ainda que seja incompreendido e injuriado. Voltem e falem a verdade para os que estão no navio, falem onde encontrar de fato “terra firme” e que todas as embarcações serão um dia corroídas pelo tempo e pela maresia. Nada restará! Só estas palavras permanecerão. O navio ainda oferece algumas vantagens, é uma estrutura interessante onde as pessoas procuram abrigo e rumo. Se elas estão ali é porque procuram ou procuraram por “terra firme”. Pode ser que o ambiente do navio tenha corroído também a esperança deles, mas não deixem que morra a esperança. Não liguem para os tripulantes fanáticos que bravejam acusando-os de desertores. Eles são mais dignos de pena que qualquer outro que está no navio. Não é por eles que vocês ficarão, estes tripulantes serão todos lançados ao mar e serão os primeiros a se afogarem. Usem a estrutura do navio para reavivar a esperança e conduzir com amor os seus companheiros para pequenas excursões de natação. Um dia eles também farão viagens mais audazes e descobrirão a verdade. O pessimista senta e reclama das rachaduras no casco do navio. No fundo ele ainda está ressentido porque o navio não é o que ele queria que fosse.
Ele sonhava viajar num transatlântico seguro e tranquilamente, mas as embarcações são feitas imperfeitas justamente para que pereçam e sejamos lançados ao mar. Não devemos nos ressentir pelo navio precário. O navio pouco importa para quem se tornou uma criatura do mar. O navio é uma instância transitória mas que um dia será dispensável, a diferença é que estas embarcações são caminhos para nós mesmos e não para uma terra prometida. Se seu povo tem navios é porque precisa de navios, então usem os navios para que eles aprendam a nadar. Não se preocupem com os mais renitentes, eles serão lançados inevitavelmente ao mar. Vocês convidarão a muitos, mas poucos estarão dispostos a nadar por si mesmos.
Depois destas palavras os nadadores voltaram ao barco para ajudar aqueles que lá ficaram. Como havia sido previsto, eles foram desacreditados, injuriados e acusados de heresia. Quando o barco afundou escaparam aqueles que sabiam nadar e quando a tragédia acontecia, os tripulantes agarravam-se ao navio recusando-se a nadar e gritavam para os que pulavam ao mar: - Hereges! Hereges! Hereges! E sucumbiram porque se recusavam a se libertar do navio.

Breno Henrique de Sousa - Membro da Federação Espírita Paraibana e do Núcleo Espírita Eurípedes Barsanulfo.

29 agosto 2007

EM BREVE NOS CINEMAS

21 julho 2007

Divaldo Franco - 80 anos de amor

No dia 5 de maio de 1927 a Espiritualidade Superior fez reencarnar em Feira de Santana, na Bahia, mais um exemplar humano com objetivos de semear estrelas para o mundo. Nascia Divaldo Pereira Franco, de família modesta, a exemplo de todos os grandes seres que Deus enviou à Terra.

Completado 80 anos, embora não esteja com cara de 80 anos, mantém a lucidez de um jovem, continua muito bem fisicamente, com aquele bom humor que é conhecido por todos aqueles que tiveram e têm o privilégio de gozar da sua amizade mais próxima, além de continuar proporcionando luz por onde passa.
Como aconteceu com todos os grandes seres, em toda a história da humanidade, ele sofreu ações terríveis de invejosos, levianos e almas (encarnadas) altamente perturbadas que tudo fizeram (e ainda fazem) para minimizar e até para dar um fim ao seu trabalho em benefício da humanidade.

Mas, na sua altivez, sempre se manteve firme, de cabeça erguida e vigilante para não sair da trilha que fora traçada para a sua missão.
Proferiu mais de 10.000 palestras, tendo visitado aproximadamente 1.000 cidades no Brasil e no mundo, onde já visitou 60 países nos cinco continentes e colocou-se incansavelmente a disposição da Espiritualidade para presentear-nos com 175 títulos de livros notáveis, com 71 deles traduzidos para outros idiomas, constituindo-se em um dos nomes mais lidos do Brasil, pelos seus mais de sete milhões de exemplares vendidos.
Nas mais de 600 honrarias que recebeu, em diversas partes do mundo, ressaltam-se os títulos de Doctor in Parapsicology, Doctor Honoris Causa in Humanity e Doctor Honoris Causa em Educação outorgados por universidades americana, canadense e brasileira.
Aos vinte e poucos anos de idade, no início da sua mediunidade de psicografia, procurou o também notável Chico Xavier, a quem, durante muito tempo, fazia visitas periódicas desde Pedro Leopoldo até Uberaba, para orientar-se junto aos Benfeitores Espirituais, sempre postando-se com Humildade em querer saber dos espíritos que já trabalhavam com o extraordinário médium mineiro acerca do seu trabalho. Vejamos os questionamentos que Divaldo fazia e o que respondiam Emmanuel, Bezerra de Menezes e André Luiz, através de Chico Xavier, espíritos esses, sempre vigilantes, que sabiam muito bem a quem estavam depositando confiança em trabalhos que teriam grande influência no Espiritismo no mundo:
No dia 13 de outubro de 1953, em sessão espírita em Pedro Leopoldo, no Centro Espírita Luiz
Gonzaga colocou a seguinte indagação à mesa:
Divaldo – “Em virtude de termos várias páginas mediúnicas, solicitamos esclarecimentos no sentido de que devemos ou não enfeixar num volume agora, ou aguardar mais tempo? Quanto a possibilidades psicográficas devo insistir ou seguir outro curso?”
Resposta (através de Chico Xavier) – “Meu amigo, é justo dar à claridade o pão de luz para o espírito recolhido. Seus mentores espirituais cooperarão a fim de que o problema seja atenciosamente desenvolvido.”
No dia seguinte, em outra reunião, ele volta a indagar os espíritos, que lhe respondem, novamente, através do Chico:
Divaldo – “Deverei prosseguir no serviço de receituário dos nossos trabalhos aos sábados? Qual benfeitor que nos ajuda nesse mister?”
Resposta – “Meu amigo, o nosso irmão Carneiro superintende o trabalho sob a sua responsabilidade. Nossos irmãos enfermos contam conosco. Prossigamos trabalhando. Jesus nos fortaleça e abençoe”. Assina: Bezerra de Menezes.
Em 30 de maio de 1958, cinco anos depois, retornando a Pedro Leopoldo, mais uma vez participando dos trabalhos espíritas ao lado de Chico Xavier, ele, mais uma vez, indaga aos espíritos:
Divaldo – “Estou recebendo páginas atribuídas a Irmã Otília. Poderiam os Benfeitores Espirituais dizer-me algo a respeito?”
Resposta (através do Chico) – “Meu filho, Jesus nos abençoe. Nossa irmã Otília vem fazendo quanto possível por transmitir as suas impressões da Vida Espiritual por seu intermédio. Ajude-a com a sua receptividade construtiva. Depois de conjunto mais extenso de páginas, completar-se-á, então, o texto de que se formará edificante trabalho de educação e consolo, esclarecimento e esperança, com vistas à sementeira de luz em nosso campo doutrinário. Que o Senhor nos ampare sempre”. Ass: Emmanuel.
E assim Divaldo psicografa o livro “Além da Morte”, do Espírito Otília Gonçalves, que teve o prefácio escrito por André Luiz, sob a psicografia de Chico Xavier, que tem o arremate final assim:
“... É por isto que saudamos neste livro mais um brado de renovação e esperança concitando-nos ao aproveitamento das horas.
Fixemos a atenção.
O médium é o braço do semeador. A emissária é a mão que semeia. A mensagem é a semente de encarnados e desencarnados, a palavra de amor e exortação que nos é trazida ao entendimento, assimilando-lhe os valores imperecíveis porque, em verdade, andam sempre avisados e felizes os que trazem consigo os olhos de ver e os ouvidos de ouvir”. Ass: André Luiz.
E Divaldo continua as suas visitas ao amigo querido, Chico Xavier, a quem sempre depositou confiança nas orientações tanto dele quanto dos Espíritos que com ele trabalhavam, fazendo nova indagação em outra oportunidade:
Divaldo – “Pergunto aos Benfeitores Espirituais acerca das páginas atribuídas ao espírito de Nise Moacyr, que venho recebendo, se devem oportunidade ser dadas a lume”.
Resposta (através do Chico) – “Essas páginas constituem pão espiritual para os corações que iniciam a marcha no caminho humano, conferindo-lhes suficiente luz para a jornada redentora.
Não esmoreçamos, pois, trabalhando para endereçá-las, tão amplamente quanto possível, ao seu nobre destino. Jesus nos abençoe.” Ass: Bezerra de Menezes.
Em 3 de novembro de 1961, em nova visita ao Chico, desta vez em Uberaba, desta vez são os notáveis Espíritos que o saúdam, independentemente de indagação:
Bezerra de Menezes (através do Chico) – “Divaldo Pereira Franco, 30 anos, presente. Nosso amigo continua amparado com segurança por devotos Instrutores Espirituais em suas nobres tarefas. Continuemos, meu filho, fiéis ao Senhor, hoje e sempre.” Ass: Bezerra de Menezes.
E Divaldo continuou mesmo, amparado com segurança por devotos Instrutores Espirituais, conforme o recomendou Bezerra, através do Chico.
Por onde vai planta luz, ao levar sempre alguns milhares de pessoas a aplaudi-lo de pé nos grandes auditórios e até ginásios de esportes onde profere as suas magistrais conferências.
Vários Psicólogos e profissionais da Psicanálise, de um modo geral, afirmam que através do Espírito Joanna de Ângelis, pela sua psicografia, aprenderam mais sobre o comportamental humano que nas Faculdades que cursaram e nos Congressos que participaram.
Texto extraído do site da TVCEIParabens!!!

19 julho 2007

26 DE JULHO - DIA NACIONAL DA IMPRENSA ESPÍRITA

A divulgação do Espiritismo aos não-espíritas não pode ter oobjetivo de convertê-los à nossa Doutrina. Alguém já disse que "O Espiritismo não será a religião do futuro, mas, o futuro das religiões". O que equivale a dizer que as pessoas não precisam ser espíritas, mas todas devem ter conhecimento dos postulados espíritas, pois são leis naturais. Daí a importância da necessária, da premente e urgente, divulgação

MÉDICO DOS POBRES NO CINEMA

O cearense Bezerra de Menezes ganha longa-metragem de docu-drama com locações no Ceará, Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.
Tiveram início as filmagens de uma megaprodução cinematográfica cearense que irá desvendar para o público os detalhes da vida de uma grande personalidade brasileira nascida em Jaguaretama, interior do Ceará. “Bezerra de Menezes - O Médico dos Pobres” tem produção orçada em 1,7 milhão e 150 pessoas trabalhando no set de gravação. Com roteiro do cineasta Glauber Paiva Filho, do historiador e pesquisador Luciano Klein Filho e da pesquisadora Andrea Bardawil, a direção ficou a cargo de Glauber Paiva Filho e Joe Pimentel. A iniciativa é da Associação Estação da Luz, entidade organizadora da Mostra Brasileira de Teatro Transcendental e da Semana Chico Xavier, entre outros eventos com fins filantrópicos.

O filme deve estrear na tela grande dia 29 de agosto, aniversário de nascimento de Dr. Bezerra. A narrativa fluirá como um docudrama, com duração de uma hora e 10 minutos. O elenco será encabeçado pelo ator da Rede Globo Carlos Vereza, que fará o papel de Bezerra de Menezes adulto. Também participam os atores cearenses B. de Paiva (que interpreta o Dr. Leopoldino), Pedro Domingues (Sr. Materialista) e Reginauro Souza, entre outros.

“O filme retrata a trajetória de Bezerra de Menezes, seguindo uma linha temporal, mas intercalada com depoimentos de personalidades que estudaram sua vida e obra”, explica o cineasta Glauber Filho. Para chegar à concepção final de como será o filme, Glauber explica que contou com o apoio e o farto material de pesquisa do historiador Luciano Klein Filho, autor de “Bezerra de Menezes - Fatos e Documentos” e “Bezerra de Menezes - Apóstolo do Espiritismo”. Além disso, documentos, como os “Discursos Parlamentares de Bezerra de Menezes”, notícias de jornais da época e os escritos do médico foram esmiuçados.

As locações serão feitas no Maciço de Baturité, nas cidades de Pacoti, Aratuba, Guaramiranga, Maranguape, Icó. Depois Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Na parte de depoimentos, pesquisadores como Jorge Damas, César Reis, Esmeraldo Romero (médico que estudou a tese de Bezerra de Menezes sobre o cancro), o líder espírita Divaldo Franco (autor de várias psicografias de Bezerra), o parente Eduardo de Castro Bezerra Neto e o deputado federal baiano Luiz Bassuma.

Os detalhes de produção incluem figurinos de época - a parte de ficção vai do nascimento de Bezerra, em 1831, até 1900 -, até o cuidado com a construção de uma casa cenográfica projetada como se fosse do século XIX.

Segundo o cineasta, a narrativa não tem o objetivo de doutrinar o público em relação ao Espiritismo, mas de revelar o homem que estava à frente de seu tempo, defendendo causas como a liberdade dos escravos, os direitos dos empregados domésticos e a preservação ambiental, a medicina como sacerdócio e a caridade no cotidiano. “Ele exerceu a medicina em sua plenitude, tendo a filantropia como princípio, e é uma personalidade que está fortemente inserida na cultura popular, sendo inclusive um fenômeno em algumas localidades como o Kardec brasileiro”, diz Glauber. “Claro que o Espiritismo perpassa sua vida, pois seria como contar a biografia de Padre Cícero sem mostrar sua relação intensa com a Igreja Católica”, compara.

Além da exibição nos cinemas de todo o Brasil, “Bezerra de Menezes - O Médico dos Pobres” também estará disponível para home vídeo, em DVD, com material extra especialmente produzido, a partir de 15 de agosto. No XVII Cine Ceará, inclusive, está na programação uma visita ao set de filmagem, na primeira quinzena de junho.

Quem foi Dr. Bezerra

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcante nasceu em 29 de agosto de 1831, na cidade de Riacho do Sangue (CE), hoje Jaguaretama, a 211 quilômetros de Fortaleza. De família ligada à política e ao militarismo, foi educado segundo os padrões da religião católica. Em 1851, ano da morte de seu pai, mudou-se para o Rio de Janeiro, ingressando, no ano seguinte, como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia.

Doutorou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina, defendendo a tese “Diagnóstico do Cancro”. Casou-se com Maria Cândida de Lacerda, em 6 de novembro de 1858, que faleceu a 24 de março de 1863, deixando-lhe dois filhos.

Em 1861 inicia sua carreira política. Foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro. Na Câmara Municipal, desenvolveu trabalho na defesa dos necessitados. Em 1867 foi eleito deputado geral, cargo equivalente a deputado federal.

Conheceu o Espiritismo em 1875, através de um exemplar de “O Livro dos Espíritos”, escrito por Allan Kardec, o codificador da doutrina. Aos 63 anos, fundou a Federação Espírita Brasileira. Lançou alguns livros, dentre eles “A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica”, “Casamento e Mortalha”, “Evangelho do Futuro”. Faleceu em 11 de abril de 1900.

02 julho 2007

Teoria do Caos e Espiritismo

Introdução
O Espiritismo não tem uma visão oficial sobre todos os assuntos porque muitos deles surgiram depois da doutrina, mas isso não nos impede de, na condição de estudantes do Espiritismo, traçar paralelos entre a nossa doutrina e qualquer outro conhecimento. Particularmente, prefiro ser cuidadoso ao traçar certos paralelos, o que pode ser arriscado quando se preza pela cientificidade. O espiritualismo em geral utiliza-se, por exemplo, de conhecimentos da física quântica para construir teorias mais ou menos consistentes. Considero o que disse o físico teórico e crítico da ciência Jean-Marc Lévy-Leblond:
“Por que não aplicar a teoria da relatividade às relações amorosas? E a teoria dos quanta à inflação monetária? Por que não realmente? Mas cabe aos que tentam operações desse gênero fazer a demonstração de que elas são pertinentes! Em ciência, não se pode assinar cheque em branco”.
[...] “Poderíamos evocar numerosas teorias físicas para tirar analogias mais ou menos esclarecedoras em relação a fenômenos biológicos ou sociais – isto é velho como a ciência” [...] “Não me oponho a semelhantes utilizações, ou desvios, com a condição de que não haja confusão” [...] (in: PESSIS-PASTERNAK, 1993
).
É claro que a formação de hipóteses é uma etapa do método científico, porém as hipóteses sozinhas, não se podem dizer científicas. Apesar de tratar de um tema científico, defendo que, o paralelo que agora faço entre Doutrina Espírita e Teoria do Caos, não é científico. Trata-se apenas da construção de hipóteses e de observações, ainda superficiais, feitas entre estes dois campos do conhecimento, entretanto, acredito que este seja um campo aberto à pesquisa da ciência Espírita, por isso resolvi expor minhas observações pessoais no intuito de contribuir com o avanço de pesquisas que possam comprovar ou desmentir minhas hipóteses.

O que é a teoria do Caos?
Para traçar um paralelo é necessário ter alguma noção do que se trata esta teoria. As observações feitas aqui a esse respeito foram baseadas, sobretudo na obra de Gleik (1989). A Teoria do Caos observa a ordem oculta que existe na natureza por detrás de fenômenos aparentemente caóticos, esta ordem pode ser observada tanto em estruturas humanas como na natureza.
A nível microscópico pode-se dar o exemplo dos fractais que são estruturas observadas na natureza com regularidade geométrica e beleza incríveis, estas estruturas regulares e com padrões definidos, surgem em diferentes objetos ou seres, demonstrando um padrão de organização na natureza.
Edward Lonrenz foi um dos precursores desta ciência quando descobriu o que chamou de efeito borboleta, ou seja, a dependência sensível que um fenômeno tem das condições iniciais. O primeiro passo para a descoberta desta nova abordagem científica aconteceu quando ele pesquisava a previsão do clima através de um programa de 12 equações no seu Royal Mcbee que fazia apenas 60 multiplicações por segundo, enquanto os institutos modernos já utilizavam um Control Data Cyber 205, capaz de fazer milhões de operações por segundo com um programa de 500.000 equações.
A diferença foi que Lorenz usou equações não lineares para realizar suas simulações de como se comportava o clima. Ele alimentava as equações com dados iniciais das condições climáticas e em seguida o programa começava a produzir gráficos de previsão climática.
O tempo era visto como algo que não podia se expressar na forma de medias, a idéia era de que influências muito pequenas podem ser postas de lado (o mesmo para as previsões de rotas astronômicas, as previsões econômicas etc), porém qual não foi a surpresa de Lorenz quando no seu computador teve que reiniciar uma seqüência de simulação climática e ao alimentar os dados do seu computador, em vez de seis casas decimais usou apenas três casas por achar que os milésimos decimais não afetariam significativamente o resultado; percebeu ele que o gráfico começava sem nenhuma diferença do anterior, mas em determinado ponto ele se diferenciava drasticamente revelando que as condições iniciais determinam sensivelmente os resultados, ou seja, as três casas decimais que ele achou que não seriam importantes, foram responsáveis por uma mudança completa na simulação.
Em 1972 Lorenz lançou um artigo de grande repercussão intitulado “Previsibilidade: o bater de asas de uma borboleta no Brasil desencadeia um tornado no Texas?”, o artigo foi apresentado em 1972 em um encontro em Washington. Ele não responde à pergunta, mas argumenta que:
a) se um simples bater de asas de uma borboleta pode ocasionar um tornado, então todos os bateres anteriores e posteriores de suas asas, e ainda mais, as atividades de outras inúmeras criaturas também o poderão;
b) se um simples bater de asas de uma borboleta pode ocasionar um tornado que, de outra forma, não teria acontecido, igualmente pode evitar um tornado que poderia ser formado sem sua influência.
O que Lorenz queria dizer é que insignificantes fatores podem amplificar-se temporalmente de forma a mudar radicalmente um estado. Assim, a previsão do tempo em longo prazo continua a ser algo inalcançável, pelo fato de que nossas observações são deficientes e os arredondamentos que utilizamos, inevitáveis.
O efeito borboleta recebeu o nome técnico de dependência sensível das condições iniciais. A partir daí deixava-se de lado o preceito de que as influências muito pequenas não são determinantes ou que pouco afetam os resultados.
O fato é que a Teoria do Caos destrói a possibilidade de previsibilidade absoluta dos fenômenos (o sonho laplaciano) uma vez que é impossível não trabalhar com arredondamentos quando se estudam sistemas caóticos como o clima, destrói também a mecanicidade do universo (a visão cartesiana) fazendo com que o cosmo não seja mais visto como um relógio e sim comparado a um organismo vivo que mais parece ter livre arbítrio. No estudo se sistemas caóticos como o clima, as estatísticas econômicas e sociais, a dinâmica de fluidos, podia-se observar que fenômenos aleatórios apresentavam globalmente padrões de comportamento ou uma “ordem” que surge no meio do caos. Um sistema caótico podia ser estável se sua irregularidade específica perdurasse diante de pequenas perturbações.
O sistema de Lorenz era um exemplo disso, o caos descoberto por ele, com toda a sua imprevisibilidade, era tão estável quanto uma bola de gude numa tigela. Poderíamos acrescentar ruído ao sistema, sacudi-lo, agitá-lo, interferir no seu movimento, mas quando tudo se acalmava, quando as interferências passageiras desapareciam como ecos num precipício, o sistema voltava ao mesmo padrão singular de irregularidades de antes. Era, portanto localmente imprevisível e globalmente estável. Os padrões de regularidade encontrados no clima ou nas variações da bolsa de valores, quando expressados graficamente, são similares às estruturas fractais encontradas na natureza, é como se todas as coisas estivessem sob uma ordem oculta que as dirige e organiza, mesmo quando parece haver apenas o Caos.
Um outro exemplo disso foi quando astrônomos da Nasa puderam observar uma enorme mancha vermelha no planeta Júpiter, uma espécie de furacão estável que se movimenta no sentido anticiclópico. Depois de muitos anos descobriram do que se tratava, e indagavam como podia em meio a um sistema caótico e imprevisível como o clima, surgir um sistema estável? A mancha vermelha é um sistema auto-organizador criado e regulado pelas mesmas mudanças não lineares que criam a agitação imprevisível à sua volta. É o caos estável!
Mesmo que as coisas sejam imprevisíveis pontualmente ou em um lugar específico, elas apresentam uma tendência global que emerge em todos os lugares, na natureza, na economia ou no comportamento social. Ou seja, as grandes nações estão sempre em alternância de ascensão e queda, as estações do ano sempre se repetem, as alterações da bolsa de valores seguem tendências matemáticas que podem ser previstas ao nível de macroeconomia por equações alineares inspiradas no modelo de Lorenz.
Equações alineares são mais adequadas para o estudo de sistemas caóticos do que as lineares, a geometria euclidiana também se torna limitada para o estudo dos fractais. O estudo dos fractais já é usado na agronomia para determinar a estrutura do solo de forma muito mais eficiente, e na biologia para o estudo de dinâmica populacional de espécies. O Caos também influi em todos os campos da ciência que trabalham com modelos de previsões, até para jogar na loteria se usa o Caos, depois da relatividade e da mecânica quântica é o campo mais revolucionário da ciência moderna e pasmem, influi também na educação e na filosofia.
Edgar Morin é um dos que se inspira no Caos para nos falar de complexidade. A complexidade surge porque o Caos revela um universo muito mais rico e imprevisível do que as teorias de Newton, Descartes e Laplace. O mundo é complexo e imprevisível, e mesmo que as coisas sigam uma ordem e uma tendência, e no todo todas as coisas obedeçam a esta ordem, nos níveis inferiores não existe determinismo.
Podemos então observar que os sistemas caóticos surgem com determinadas características: a auto-organização; espontaneidade e antideterminismo; são localmente imprevisíveis e globalmente estáveis; são alineares; sofrem dependência sensível das condições iniciais; são interdisciplinares (o Caos rompe com as fronteiras que separavam as disciplinas científicas) e são complexos.

Caos e suas possíveis relações com o Espiritismo
Para o Espiritismo Deus é a causa da ordem que emerge do caos, suas leis são as mesmas que fazem com que todos os fenômenos tenham uma tendência auto-organizadora. Conforme nos diz Kardec:
“A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso”. (L..E.1 q.8).
A ciência do Caos revela que na verdade não há caos na natureza, sistemas aparentemente caóticos são imprevisíveis e instáveis apenas a nível local e pontual, se vistos de maneira global, logo surge a ordem que é inerente à natureza das coisas, assim como no Espiritismo, sabe-se que as leis de Deus existem em todo o universo e que todas as coisas, mesmo as que parecem caóticas, seguem uma ordem oculta, esta ordem é inerente à própria natureza das coisas e não imposta externamente, esta ordem surge ou emerge e como o próprio nome diz, são "propriedades emergentes", tão estudadas na ecologia profunda. De outro modo, podemos comparar esta ordem a Lei Divina ou Natural onde “a harmonia que reina no universo material, como no universo moral, se funda em leis estabelecidas por Deus desde toda a eternidade” (L.E. q.615).
Mas o que faz todos os fenômenos naturais estarem sujeitos à mesma ordem e tendência organizadora? Talvez a natureza da própria matéria seja a resposta para essa questão. Antigamente concebia-se que a matéria podia ser composta de diferentes elementos primordiais que lhe daria as diferentes qualidades que possui, porém desde de 1857 os Espíritos nos dizem que a matéria é formada de um só elemento primitivo e que suas diferentes propriedades são resultado da modificação que as moléculas elementares sofrem, por efeito da sua união, em certas circunstâncias (L.E. q.30, 31). Os avanços da física de partículas e da mecânica quântica demonstram uma realidade muito próxima, na verdade hoje é pouco preciso usar a expressão “moléculas elementares” porque na verdade não existem moléculas elementares, a matéria é energia, o que chamamos de partículas podem ser ao mesmo tempo uma onda de probabilidade ou partículas, possuem qualidades paradoxais e em determinados momentos assemelham-se mais a “bolsões” de energia do que propriamente a uma partícula e suas propriedades a nível subatômico são inconcebíveis para o nosso estado de percepção tridimensional.
Os espíritos utilizaram o vocabulário disponível, vocabulário que eles constantemente se queixavam da sua limitação e pobreza para definir coisas desconhecidas para nós. Os espíritos anunciaram inclusive a impossibilidade de apreciarmos essas “moléculas” (L.E. q.34). Assim, tendo a matéria a mesma natureza comum e a mesma origem, é natural que toda a matéria esteja sujeita as mesmas leis.
Para o Espiritismo toda a matéria possui o mesmo princípio comum e é regida pelas mesmas leis naturais:
“Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluído é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhes inerentes as forças que presidem às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo”. (Ge.2 Cap. VI, 10).
Deus não é um legislador que vive impondo regras de fora para dentro na natureza. Não! Suas regras já fazem parte da natureza e todas elas tendem à ordem, porque a ordem está implícita na natureza. Por outro lado, mesmo que a ordem seja implícita, isto não impede o livre arbítrio relativo à nossa condição inferior.
Se, por exemplo, o clima é caótico a nível pontual, não se pode prever o clima com precisão absoluta, porém ele segue padrões a nível global como nas estações do ano, assim, o Caos também observa que se o homem interfere em um sistema caótico, ele pode até conseguir desestabilizar momentaneamente a ordem que surge do caos, como quando causa alterações climáticas pela poluição, mas, em seguida, cessada a interferência humana, a natureza se restabelece porque a ordem faz parte da natureza das coisas. Não podemos aí fazer uma comparação com a visão do livre arbítrio no Espiritismo? Sim! O Homem tem livre arbítrio e por isso ele pode momentaneamente alterar a ordem da natureza, mas esta ordem se restabelecerá porque ela é inerente à própria natureza. Temos liberdade de ação, mas nossa ação, apesar de ser desorganizadora, não altera os princípios que regem o universo e estes princípios acabam restabelecendo um dia.
Esta abordagem resolve a aparente contradição de como podem existir leis divinas e livre arbítrio ao mesmo tempo. Nosso livre arbítrio é relativo à flexibilidade das leis naturais que nos permitem intervir na ordem dos fatos sem com isso alterar a natureza das próprias leis existentes em todas as coisas. Liberdade absoluta é um contra-senso quando se concebe a existência de leis universais ou quando se fala de vida em sociedade. Todos precisamos um dos outros e por isso não há liberdade absoluta (L.E. q.825), mas, sem o livre-arbítrio o homem seria apenas uma máquina (L.E.q.843).
O Caos também torna mais aceitável a idéia de que os Espíritos interferem nos fenômenos da natureza, se, como Lorenz disse, o bater de asas de uma borboleta é capaz de causar um furacão, ou seja, que pequenas interferências, quase imperceptíveis, são capazes de provocar profundas modificações em um fenômeno em uma escala de tempo adequada; então para alterar fenômenos naturais de grande escala, não é necessário uma interferência monumental, com grande desperdício de energia ou de força. Existem chaves na natureza, pontos onde uma pequena interferência pode provocar uma espetacular mudança, os espíritos detentores destes conhecimentos, podem facilmente manipular estas “chaves” tendo controle sobre os fenômenos naturais.
O Espiritismo se adiantou no tempo e negou a possibilidade do caos e do acaso até mesmo nos fenômenos naturais:
“São devidos a causas fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim providencial, os grandes fenômenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos?
– Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus” (L.E. q.536).
A fatalidade é algo que não existe de forma absoluta, só há fatalidade nas provas que escolhemos para esta vida ou na hora do nascer e desencarnar (L.E. q. 851, 853), as leis naturais conjugadas com os nossos compromissos cármicos dirigem o gênero de vida que temos, mas não há um controle específico para cada passo que damos.
Aqui na terra estamos sujeitos a pequenos incidentes que são próprios do estado material em que vivemos, sem que cada pequeno acontecimento tenha um significado cármico. Como nos mostra a Teoria do Caos, a vida é localmente caótica e globalmente estável. Os fatos corriqueiros da vida, como um tropeção ou uma enfermidade simples, acontecem de maneira casual ou caótica (no sentido de que não há um controle específico para estes fatos), porém trata-se de uma desordem submissa a uma ordem maior que dá a estes fatos o limite da trivialidade. Não há um controle para cada passo da vida, assim como não há um controle específico para cada alteração do clima ou da bolsa de valores, porém há uma ordem geral que limita o aparente caos existente nas coisas, esta ordem pode ser percebida quando observamos os fatos com uma visão além da ótica pontual e individual e transcendemos para uma percepção global e holística. (L.E.q.859).
Quando o Caos afirma que não há determinismo localmente, mas há leis globais, isso está consoante com a teoria das predições proposta pelo Espiritismo. Não se podem prever acontecimentos com detalhes específicos como data e hora. Determinados fatos estão propensos a acontecer, porém a forma particular e o momento em que se realizam estão sujeitos ao livre arbítrio do homem:
“Pode, portanto, ser certo o resultado final de um acontecimento, por se achar este nos desígnios de Deus; como, porém, quase sempre, os pormenores e o modo de execução se encontram subordinados às circunstâncias e ao livre arbítrio dos homens, podem ser eventuais as sendas e os meios. Está nas possibilidades dos Espíritos prevenir-nos do conjunto, se convier que sejamos avisados; mas, para determinarem lugar e data, fora mister conhecessem previamente a decisão que tomará este ou aquele indivíduo. Ora, se essa decisão ainda não lhe estiver em mente, poderá, tal venha ela a ser, apressar ou demorar a realização do fato, modificar os meios secundários de ação, embora o mesmo resultado chegue sempre a produzir-se. É assim, por exemplo, que pelo conjunto das circunstâncias, podem os Espíritos prever uma guerra que se acha mais ou menos próxima, que é inevitável, sem, contudo, poderem predizer o dia em que começará, nem os incidentes pormenorizados que possam ser modificados pela vontade dos homens”. (Ge. Cap. XVI, 13).
Os Espíritos, na condição de erraticidade, podem mais facilmente prever os acontecimentos, interferir em nossas vidas, porém deve-se desconfiar daqueles que dão informações muito precisas:
Os Espíritos, que formam a população individual do nosso globo, onde eles já viveram e onde continuam a imiscuir-se na nossa vida, estão naturalmente identificados com os nossos hábitos, cuja lembrança conservam na erraticidade. Poderão, por conseguinte, com maior facilidade, determinar datas aos acontecimentos futuros, desde que os conheçam; mas, além de que isso nem sempre lhes é permitido, eles se vêem impedidos pela razão de que, sempre que as circunstâncias de minúcias estão subordinadas ao livre arbítrio e à decisão eventual do homem, nenhuma data precisa existe realmente, senão depois que o acontecimento se tenha dado. (Ge. Cap. XVI, 16).
Uma outra contribuição do Caos é diluir a visão linear e simplista que temos das relações de causa e efeito. Ao lerem-se filósofos empiristas como Hume e Berkley e Locke observa-se que as relações de causa e efeito não são tão simples e lineares, elas podem ser influenciadas inclusive por nossas expectativas. David Hume (1711-1776), não acreditava na imortalidade da alma ou em Deus, se dizia agnóstico, porém ele acreditava que existiam leis imutáveis, mas por causa de nossas experiências vividas criamos expectativas assim, podemos facilmente nos enganar na relação de causa e efeito, por exemplo; uma galinha pode criar uma relação de causa e efeito baseada na seguinte observação: todas as vezes que ela escuta os passos do granjeiro, em seguida vem a ração, estabelece a relação de que a conseqüência dos passos do granjeiro será sempre mais comida, mas, um dia, depois de ouvir os passos do granjeiro, ele quebra o pescoço da galinha. Na verdade nós podemos agir como a galinha e enxergar uma relação de causa e efeito onde ela não existe.
A complexidade é uma característica que demonstra que as coisas não funcionam mecanicamente e são tantos os fatores que agem em um fenômeno, que é impossível fazer diagnósticos e previsões quanto ao carma e destino de cada um. Entender a complexidade é uma prevenção contra explicações simplistas, como o justificar que alguém nasceu aleijado porque usou mal as pernas em outra vida, ou que nasceu sem um braço porque usou este membro para chicotear escravos na encarnação passada. Apesar observarem-se casos de uma relação direta de causa e efeito, isto não se aplica a todas as circunstâncias. A lei de causa e efeito sempre se aplica, mas não necessariamente de forma linear o que tornaria intragável esta lei e a própria reencarnação.
Muito se poderia dizer a respeito deste vasto campo científico que veio acrescentar à Doutrina Espírita ao mesmo tempo comprovando o pioneirismo e atualidade do Espiritismo perante a ciência e contribuindo para uma visão mais profunda, seja no campo da compreensão da matéria e dos fenômenos da natureza ou da sua filosofia e teoria social. Este ensaio abre apenas uma discussão e como todas as coisas que se iniciam, é como uma pedra bruta que precisa ser lapidada pelas réplicas e reflexões de todos os leitores. A ânsia de contribuir no desenvolvimento do pensamento doutrinário nos fez ousar escrever este texto na expectativa de que seus frutos sejam positivos.
Muita paz!

- Breno Henrique de Sousa*
*Membro da Federação Espírita Paraibana e do Núcleo Espírita Eurípedes Barsanulfo.

16 junho 2007

Mensagem psicografada

Caros irmãos,
Fundamental difundir mais amplamente a mensagem consoladora. O mundo necessita, mais que nunca, de conhecer sua imortalidade e o esplendor da vida.
Nossos jovens anseiam por preencher a lacuna do coração e os horizontes da mente com o alimento indestrutível da mensagem kardequiana.
Dinamizemos a divulgação, sobretudo, através das nossas atitudes. Consolidemos a obra do Senhor através da coragem férrea, da vontade inquebrantável; da fé inabalável.
Quinze anos é uma data alentadora, porém, ampliemos esforços para que, breve, em inúmeras outras décadas, possamos atingir maior número de consciências.
Jesus nos acenda o coração. Kardec nos ilumine a razão.
Estejamos a postos para a continuação do embate luminoso.
Paz.

Napoleão Laureano

Mensagem recebida pelo médium Frederico Menezes na noite de 26 de maio/2007, por ocasião das comemorações do aniversário de 15 anos do GESE – Grupo Espírita Servidores do Evangelho .

03 junho 2007

LANÇAMENTO DO LIVRO: BERESHIT



Teólogo Celestino lança sua terceira obra: Bereshit
Desta vez, contou com a parceria do israelita Gad Azaria

Após o sucesso solo dos dois primeiros livros, o teólogo Severino Celestino da Silva decidiu unir-se ao israelita Gad Azaria para, a quatro mãos, lançarem a obra “Bereshit – Deus e a Criação do Universo”. O evento aconteceu no dia 1º de junho, às 18 horas, no Auditório da Reitoria da UFPB – Campus Universitário – João Pessoa. A apresentação foi feita pelo jornalista e escritor Luiz Augusto Crispim.


O conteúdo da obra trata de o livro do Gênesis, cujo nome hebraico é Bereshit, que é o primeiro livro da Bíblia. Ele narra a história da criação do universo e de todos os seres que o habitam, dos mais simples unicelulares até o mais completo ser, que é o homem.
Mergulhando nos textos hebraicos, os autores desta obra pesquisaram tudo que envolve o seu conteúdo, buscando um verdadeiro sentido para a criação. Com 340 páginas, os 1534 versículos que compõem o livro do Gênesis foram traduzidos do original e comentados à luz do conhecimento dos sábios do Talmud, dos antigos rabinos e ainda dos mestres e sábios atuais.


QUANTO PIOR, MELHOR

Ao sintetizar os mandamentos de Moisés, resumindo-os na frase “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, Jesus ensinou o caminho para a paz do mundo e “salvação” de todas as criaturas.
Octávio Caúmo Serrano – Revista Internacional de Espiritismo – Maio de 2001

A dificuldade para que cheguemos a esta prática é o desconhecimento que temos de nós e a pouca fé que faz que não amemos nem a nós mesmos.

Uma pessoa aflita, ansiosa, insatisfeita, desconfiada, medrosa, produz suas doenças. Isto não é amar-se. Como são atitudes originadas do egoísmo, é, pois, inútil imaginar que alguém nessas condições possa amar o próximo, pois, para isso, precisa do desprendimento.

Buscamos sempre a paz na Terra, mas erramos em imaginar que pelo fato de os países não usarem armas atômicas, químicas ou nucleares, a paz chegará ao planeta. O processo, porém, não é de desarmamento de exércitos ou de organização políticas e sociais, mas de desarmar pessoas. Não desarmá-las das armas brancas ou de fogo, mas da calúnia, da ofensa, da agressividade, da ganância, das atitudes violentas em geral, que mutilam espíritos mais do que armas que destroçam corpos.

Temos buscado a paz por meio de músicas místicas para meditação, por desfiles quando nos cobrimos de branco, como pombas. Mas, por debaixo do uniforme alvo, está uma alma enegrecida, que nada tem a ver com o comportamento fortuito daquele instante. A alegria, a colaboração, a mansidão, a fé terminam na passeata.

Não é lógico imaginar que alguém vá construir a paz e depois convidar-nos a fazer parte dela. Quem chegar a esse nível alcançará a paz para si próprio, porque é tarefa individual e ninguém conquista no lugar do outro. Só desfrutaremos o que verdadeiramente construirmos.

Em “O Livro dos Espíritos”, a partir da questão 913 – O Egoísmo – temos lúcidas orientações. No final da questão 916 ele nos conduz à de número 784, onde os espíritos dizem que é preciso que o mal chegue ao excesso para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas. Na questão seguinte, 785, diz que os maiores obstáculos para o progresso do mundo são o egoísmo e o orgulho, que impedem o progresso moral.

Estamos em pleno Apocalipse, ainda ameno quando comparado ao que deverá acontecer. Temos gastrite, mas não cuidamos da mente nem do estômago, o que nos levará à ulceração. Somos hipertensos e não controlamos a pressão. Caminhamos, assim, para o Acidente Vascular Cerebral. Reclamamos que tudo vai mal, mas não contribuímos para melhorar nada.

Vivemos fechados em nossos castelos, gradeados, vigiados, segurados, enquanto a maioria colhe o alimento no lixo. Ficamos impedidos para gozar inclusive o que nos é de direito porque, pela divisão malfeita, acabamos vítimas também dessa desigualdade.

Pouco a pouco vamos descobrindo a sabedoria do Evangelho e entendendo a lógica de Jesus. Ele não profetizou, porque isso é obvio. Quem o compreende sabe que não termina certo o que começa errado. Há vinte séculos Ele recomendou um comportamento que ainda hoje os divulgadores da Boa Nova repetem. Não avançamos quase nada no sentido de ajudar-nos mutuamente. Continuamos extremamente egoístas.

No título deste texto, “quanto pior, melhor”, repetimos o que muitas vezes dizemos a amigos que se surpreendem com a nossa afirmação. Enquanto seqüestrarem pessoas comuns, os homens do poder ficarão acomodados. Mas quando atingir suas famílias, estes buscarão mecanismos de defesa. Enquanto houver espaço e os carros continuarem circulando, o congestionamento vai infernizar a vida das pessoas. Mas quando tudo pare, os responsáveis se darão conta de que é necessário um transporte coletivo limpo, eficiente, ágil para que os carros particulares diminuam na rua. Deixem de atravancar e de contaminar o ar que respiramos.

As rebeliões nas cadeias, nos Institutos de Menores, as quadrilhas que invadem cidades, como nos filmes de faroeste, são sinais da incapacidade dos poderes de controlar a ordem e manter a sociedade em harmonia. Hoje temos medo de ir à rua e também de ficar em casa. Somos assaltados no lar, no ônibus, no semáforo, no saque eletrônico, com obstáculos nas estradas, e outros mais. A imaginação dos maus espíritos – encarnados e desencarnados – não tem limites.

A mídia exibe homens sem moral, corruptos, e mulheres depravadas que se vendem barato. Os valores mesquinhos invadiram nossas vidas. Temos que compreender que é preferível ter menos do que ficar impedidos de usar o que temos. Espiritualmente estamos parados. Estamos ainda dormindo e só impactos violentos poderão despertar-nos.

Ainda haverá dias piores, até que não haja saída. A enfermidade crônica terá de tornar-se aguda. Já não poderá ser sedada com paliativos ou placebos. Precisará de cirurgia para a extirpação do mal. Nesse dia haverá solidariedade no planeta.

Aproxima-se a hora do conserto. Os que são bons não podem ser vítimas dos que são maus. Os espíritos nos ajudam como podem, suavemente ou com violência, se essa é a única linguagem que entendemos. Fazem como os pais que, diante do fracasso do diálogo, partem para a palmada, apesar de fazê-lo com amor e na hora certa. Por isso adoecemos, inclusive pelos alimentos. A vaca-louca, a febre aftosa, o mal de Recife, que mata as fruteiras, e tantos outros. As doenças erradicadas que voltam. A tuberculose está outra vez entre nós. Menos mal que a AIDS está freando a promiscuidade. Temos que despertar de alguma forma, apesar de que os recados que nos chegam parecem castigos.

Quanto pior, melhor, para que as providências surjam de todos os lados. E não falamos apenas dos que têm dinheiro. Falamos de todos, porque entre as pessoas pobres há egoístas, orgulhosos e prepotentes. Sujamos as ruas, os rios, os mares, o ar. Há pessoas malvadas que roubam não só pela miséria, mas porque são sádicos e sentem prazer em maltratar suas vítimas. Tudo isto está adiando o tempo da paz que um dia, seguramente, chegará. Menos pelos nossos méritos e mais porque DEUS é amor. O bem sempre prevalece. Lamentavelmente, não estamos ajudando para que ele chegue mais depressa. O pior é que o prejuízo é para todos.

Estamos seguros de que se for necessário que o episódio dos exilados de Capela se repita, isto acontecerá por amor aos escolhidos.
- Colaborador: Vicente Gayoso

06 maio 2007

FREDERICO MENEZES (FRED)

O médium espírita Frederico Menezes, ou simplesmente Fred, é natural da cidade de Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Publicitário, consultor de empresas e expositor espírita, fundador do “Grupo Espírita da Paz” e da “Fundação Espírita Lar do Amanhã”, localizados na sua cidade natal. Atualmente dedica-se à SOCIEDADE ESPÍRITA CASA DO CAMINHO – SOESCA, também por ele fundada, estabelecida em Garapu (Cabo de Santo Agostinho-PE), onde realizou, com uma equipe de espíritas abnegados, o projeto do ALBERGUE JESUS DE NAZARÉ, pertencente à SOESCA, com o objetivo de amparar e promover socialmente os desamparados e excluídos que vivem nas ruas sem teto e sem lar. Médium atuante, nas áreas da psicografia e da psicofonia, também se destaca pela oratória vibrante e coerente com a Doutrina Espírita, de quem se tornou um dos maiores divulgadores, destacando, especialmente, a importância de Jesus e seu Evangelho e valorizando, sempre, a grande missão realizada por Allan Kardec. É autor de várias obras psicografadas publicadas, entre elas, OS FILHOS DE LÁZARO; AJUDA-TE E O AMOR AGRADECE; A LUZ DA MORTE; A OUTRA VEZ QUE MORRI; A VITÓRIA DE DEUS, além de belas páginas de consolação, bom ânimo e Caridade, de autoria de Diversos Espíritos de Luz, tendo como sua mentora espiritual MARTA.

O expositor espírita Fred estará em Itapororoca no dia 26 de maio de 2007, proferindo palestra no Grupo Espírita Servidores do Evangelho nas comemorações aos 15 anos do GESE.
Colaborador - Vicente Gayoso

GESE 15 ANOS A SERVIÇO DO AMOR
PROGRAMAÇÃO DE ANIVERSÁRIO - MAIO/07
Dia 05
Exórdio: Prof. Toinho
Palestrante: Prof. João
Apresentação Artística: Música com Jheferson (lançando CD)
Caravana do Núcleo Espírita amigos da Paz - Guarabira
Dia 12
Exórdio: Zélio (JP)
Palestrante: Vicente Gayoso (JP)
Apresentação Artística: Encenação do Jogral "Socorro: A mamãe pifou!" (DIJ-GESE)
Dia 19
Atividades diversas com equipes do GESE
Dia 26
Exórdio: Windson
Palestrante: Frederico Menezes (PE)
Apresentações Artísticas: Encenação da Peça "O Consolador Prometido" (JENAL-GESE) e música com Josinaldo

GESE - PERFIL

O Grupo Espírita “Servidores do Evangelho”, associação civil, sem fins lucrativos, de caráter religioso, filantrópico e educacional, surgiu, em princípio, do sonho do casal Windson Carvalho de Melo/ Maria da Luz Vieira Carvalho, tendo a eles se juntado os confrades Edvaldo Cavalcanti e Miguel Gonçalo, espíritas que, vinculados à cidade de Itapororoca, município do estado da Paraíba, por laços de família ou de amizade, sentiram-se no dever de nela plantar a semente da “Doutrina Consoladora”, tendo contado, para tanto, com a decisiva ajuda de irmãos que, de pronto, apoiaram a idéia, como foi o caso da confreira, de saudosa memória, Jandira Gonçalves de Melo que cedeu espaço em sua própria residência para que, semanalmente, fossem realizados estudos doutrinários em reunião denominada “Evangelho no Lar”, à qual aderiram, inicialmente, a própria “dona” Jandira e alguns de seus familiares. Esses estudos se estenderam por longos dez anos, no aguardo do aval da espiritualidade, visando-se, inclusive, a conscientização da população para uma convivência pacífica com a nova instituição religiosa. Chegado o tempo, novembro/1991, a sede do GESE começou a ser construída, em terreno doado por Windson e Daluz, com a colaboração efetiva dos confrades Edvaldo Cavalcanti (primeiro presidente da instituição) e sua esposa Araci Cavalcanti; Miguel Gonçalo (primeiro vice-presidente); Dona Jandira Gonçalves de Melo e seus filhos: Wivonaldo, Wadailton, Welinton Wedinalva, sua nora Mª Lúcia Carvalho de Melo e seu genro João Pessoa de Carvalho; Antonio Sebastião de Araújo (Barros); Paulo Vasconcelos Silva; Vicente Augusto Loureiro Gayoso de Souza e sua esposa Marta Niedja Cavalcante Gayoso, todos constantes da lista de sócios fundadores da instituição. Finalmente, em data de 17 de maio de 1992, foi inaugurado o “GESE”, como popularmente é conhecido, na presença do presidente e da vice-presidente da Federação Espírita Paraibana, Dr. José Raimundo de Lima e Gizelda Carneiro Arnaud, além de mais de duzentas pessoas, de fora e da localidade. A semente germinou e hoje é uma generosa árvore que oferece seus frutos aos que a buscam com fome de justiça, amor e caridade.

27 abril 2007

Congresso Nacional homenageia Doutrina Espírita

O Congresso Nacional promoverá Sessão Solene em homenagem aos 150 Anos da Doutrina Espírita nesta Sexta-Feira, 27 de abril de 2007.

PROGRAMAÇÃO:
Sexta, 27 DE ABRIL DE 2007 - 15 HORAS
Local: Plenário da Câmara dos Deputados

1. Abertura da Sessão Solene
2. Hino Nacional cantado pelo Coral Irmã Sheilla do Centro Espírita André Luiz, Guará 1, com a participação também do Grupo "Evangelho e Canto" de Brasília sob a regência da Maestrina Cristina Pires.
3. Exibição de um Vídeo sobre o Sesquicentenário do "O Livro dos Espíritos". Apresentação "à capela" do Grupo "Evangelho e Canto" Música: Hino ao Espiritismo de Sebastião Avelino de Macedo e Nelson Kerensky
5) Inicia-se os pronunciamentos dos Deputados inscritos.
6) Apresentação do Coral Irmã Scheilla do Centro Espírita André Luiz, Guará 1 sob a regência da Maestrina Cristina Pires.
Música: Paz pela Paz de Nando Cordel
7) Apresentação "à capela" do Grupo "Evangelho e Canto" de Brasília
Música: Prece - Pelo Espírito João de Deus - psicografia de Chico Xavier

17:00 H - ATIVIDADE NO AUDITÓRIO NEREU RAMOS
Coordenação: Jaime Ferreira Lopes
150 Anos de "O Livro dos Espíritos" e 5 Anos do GEBEME

1. Composição da Mesa:
- Deputado Luiz Bassuma-BA
- Deputado Joseph Bandeira-BA
- Deputado André Vargas-PR
- Deputado João Bitar-MG
- Deputado Laerte Bessa-DF
- Nestor Masotti - Presidente da FEB
- César Moutinho - Presidente da FEDF
- César Perry - Secretário Geral do Conselho Federativo Nacional -CFN
- Evandro Noleto Bezerra - Secreário Geral e Tradutor da mais recente edição de "O Livro dos Espíritos"
2) Apresentação do Grupo "Evangelho e Canto" de Brasília
Música: Oração de São Francisco
3) Declamação do Poema "Homenagem ao Livro dos Espíritos por Lucival Costa - Diretor do Departamento de Assistência Social do André Luiz
4) Pronunciamentos:
- Nestor Masotti - Presidente da FEB (5 minutos)
- César Moutinho - Presidente da FEDF (5 minutos)
5. Palestra sobre "O Livro dos Espíritos" com César Perry - Secretário Geral do CFN
6. Apresentação do Coral Irmã Scheilla do Centro Espírita André Luiz - Guará
Música: Hino ao Livro dos Espíritos
7) Prece de Encerramento

O Evento será gravado e transmitido pela TVCEI.

24 abril 2007

Comunicações de Espíritos no II Congresso Brasileiro

Alegrai-vos, vós que chorais.
Tende confiança, mantendo o ânimo, para seguir sem desalento, voltado para o bem inefável e para o amor incondicional.
Jesus – meus filhos, é o nosso caminho, levando-nos à Verdade e Vida. Estais informados de como proceder diante de penosas injunções. Não busqueis orientações e diretrizes porque já tendes no Amor, o perdão.
Perdoai sempre e incessantemente, amando os crucificadores para que todos saibam que sois discípulos do Mestre Vitorioso da Cruz. Inaugura-se Era Nova. A Revelação Espírita abre o ciclo de realizações grandiosas para o porvir. Fostes honrados com convite do Mestre Jesus para vos constituirdes no alierce da Era Nova. Entregai-vos à sua condução e nunca vos deixeis recuar, estacionar, ceder o passo na estrada do bem. Esta é a hora de semeardes Luz. Ide, pois, como aqueles setenta da Galiléia preparar os caminhos, porque o Senhor está chegando à Terra para proclamar a Glória do Espírito Imortal. Ide por todas partes e falai a respeito de Allan Kardec, a quem homenageamos neste dia de encerramento do 2º Congresso Brasileiro Espírita.Convidado pelos espíritos espíritas do Brasil para que presidisse este evento, o nobre codificador aquiesceu e com as falanges do Espírito da Verdade, está conosco. Nos acompanhará neste novo ciclo que se abre, até o momento quando o Mundo de Regeneração se encontre instaurado e instalado na Terra. Que Jesus nos abençoe, filhos d’Alma e que a paz que deflue da consciência tranqüila permaneça em vossos corações. Com carinho de vossos companheiros que vos precederam no retorno ao Grande Lar, através do servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra – Muita Paz.
Bezerra de Menezes
Psicofonia através de Divaldo Franco
O Livro dos Espíritos
A raça humana dos nossos dias, tem trazido para si mesmo: violência, delinqüência e insatisfação, como resultado do avanço da tecnologia e louca perseguição de muitos conceitos. Entretanto, os problemas urgentes do íntimo do homem, encontram respostas, dentro dos princípios espíritas. O Livro dos Espíritas é a chave para contrabalancear as questões perturbadoras do comportamento social e emocional dos nossos tempos. O Livro dos Espíritos torna muitas pessoas conscientes de suas responsabilidades, através da fé racional, bem fundada sobre os fatos. Isto trará o renascimento do cristianismo em toda a sua pureza. Desta forma, o Livro dos Espíritos, é a síntese da ciência, da filosofia e da religião, trazendo a resposta de Deus, aos clamores dos homens – o Consolador, prometido por Jesus.
Obs.: Mensagem em inglês, escrita de trás para frente (Espelhada).
Joanna De Ângelis
Médium Raul Teixeira

Cascatas de Luz
Em cascatas de luz os céus beijam Brasília
E almas dos altos cimos comungam felizes
Glorificam o ensino e as nobres diretrizes
Que orientam a todo ser em sua ingente trilha
Sob o céu do planalto excelsa estrela brilha
Cantam vozes do além entre os áureos matizes
Que no amor de Jesus tem robustas raízes
São bênçãos desatadas como maravilhas
E esta festa forjada pelos encarnados
Inspirada, porém, pelos seres alados
Que se estribam no amor formoso em apogeu
Louvam esta grande obra que em todos os lados
Vão libertando os homens das sombras cativos
Para a vida abundante no seio de Deus
Sebastião Lasnaut
Médium Raul Teixeira

Uma Idade Nova para o Homem
Ficou distante a lendária Idade do Ouro, quando o amor, a suavidade e a ternura, norteavam a Vida do Mundo.Não mais achamos a Deusa Astréia – filha de Têmis, a dominar a paisagem espiritual e moral das sociedades, estabelecendo o reino da harmonia para uma vida venturosa.Agora quando se agitam as entranhas da humanidade, quando a violência ganha proporções alarmantes e o crime mostra cenários aparvalhantes, quando o cinismo e a corrupção se mostram desabridos e a mentira desnorteia a alma do mundo, tem-se a impressão que se instalou na Terra, a idade do Ferro, das referências mitológicas dos tempos idos. O momento cruel que se demora no planeta, parece propício para que os devedores da consciência cósmica, tenham o ensejo de reajustar-se, de renovar-se, encontrando a liberdade definitiva.
A hora que se estira sobre as experiências humanas, se impõe a todos, a necessidade de repensar, de reflexionar em torno da marcha das sociedades em processo de reestruturação do próprio destino.
Nestas épocas agônicas de quase todos, em tempos de lágrimas e dores profundas, quando faltam socorros e falecem nobres providências; como nos tempos passados, a massa vive a exorar dos planos divinos, o auxílio e aporte capazes de minimizar tantos horrores e conflitos.
Temos hoje o dever de trabalhar para transformar nossa tormentosa Idade Metálica, de modo a erigir a Idade do Espírito; a exuberante era espiritual, que achando os caminhos do mundo para que por eles, todos possamos trilhar com liberdade e entendimento claro, das leis divinas.
Por causa de toda essa onda de terrores que se abate sobre nós e a frieza de tantos corações de servir, o Cristo brindou a Terra, já há 150 anos, com o Livro dos Espíritos – roteiro para os indivíduos e as comunidades de quaisquer latitude.
Eis a obra pujante de luz e beleza, documento que os Céus enviou como um mapa para o futuro, marcado por todos aqueles que tinham interesse por um mundo mais consentâneo com os ensinamentos do Reino dos Céus. Estudar esse livro é glória sem igual. Divulgá-lo é espalhar gemas preciosas por sobre as expectativas terrenas. Viver seus ensinamentos, é conseguir a lucidez e a sabedoria que a todos conduzirão, à plena Paz.
Espírito Camilo
Médium Raul Teixeira