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07 dezembro 2011

PRECE DE ANDRÉ LUIZ

Senhor Jesus,
Dá-nos o poder de operar a própria conversão,
Para que teu Reino de Amor seja irradiado
Do centro de nós mesmos!..

Contigo em nós,
Converteremos
A treva em claridade,
A dor em alegria,
O ódio e amor,
A descrença em fé viva,
A dúvida em certeza,
A maldade em bondade,
A ignorância em compreensão e sabedoria,
A dureza em ternura,
A fraqueza em força,
O egoísmo em cântico fraterno,
O orgulho em humildade,
O torvo mal em infinito bem!

Sabemos, Senhor,
Que de nós mesmos,
Somente possuímos a inferioridade
De que nos devemos desvencilhar...
Mas, unidos a Ti,
Somos galhos frutíferos
Na árvore dos séculos
Que as tempestades da experiência jamais deceparão!...
Assim, pois, Mestre Amoroso,
Digna-te amparar-nos
A fim de que nos elevemos
Ao encontro de tuas mãos sábias e compassivas,
Que nos erguerão da inutilidade
Para o serviço da Cooperação Divina,
Agora e para sempre. Assim Seja!...

PRECE DE ANDRÉ LUIZ
(Em reunião no Plano Espiritual)
(Do livro VOLTEI - final, FCXavier, FEB)

A MANJEDOURA

As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à eterna lição de humildade de Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem de amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor de atualidade dos seus divinos ensinamentos.
A Manjedoura foi o Caminho.
A exemplificação era a Verdade.
O Calvário constituía a Vida.
Sem o Caminho, o homem terrestre não atingirá os tesouros da Verdade e da Vida.
É por isso que, emaranhados no cipoal da ambição menos digna, os povos modernos, perdendo o roteiro da simplicidade cristã, desgarra-se da estrada que os conduziria à evolução definitiva, com o Evangelho do Senhor. Sem ele, que constitui o assunto de todas as ciências espirituais, perderam-se as criaturas humanas, nos desfiladeiros escabrosos da impiedade.
Debalde, invoca-se o prestígio das religiões numerosas, que se afastaram da Religião Única, que é a Verdade ou a Exemplificação com o Cristo.
Com as doutrinas da Índia, mesmo no seio de suas filosofias mais avançadas, vemos os párias miseráveis morrendo de fome, à porta suntuosa dos pagodes de ouro das castas privilegiadas.
Com o budismo e com o xintoísmo, temos o Japão e a China mergulhados num oceano de metralha e de sangue.
Com o Alcorão e com o judaísmo, temos as nefandas disputas da Palestina.
Com o catolicismo, que mais de perto deveria representar o pensamento evangélico, na civilização ocidental, vemos basílicas suntuosas e frias, onde já se extinguiram quase todas as luzes da fé. Aí dentro, com os requintes da ciência sem consciência e do raciocínio sem coração, assistimos as guerras absurdas da conquista pela força, identificamos o veneno das doutrinas extremistas e perversoras, verificamos a onda pesada de sangue fratricida, nas revoluções injustificáveis, e anotamos a revivescência das perseguições inquisitórias da Idade Média, com as mais sombrias perspectivas de destruição.
Um sopro de morte atira ao mundo atual supremo cartel de desafio.
Não obstante o progresso material sente a alma humana que sinistros vaticínios lhe pesam sobre a fronte. É que a tempestade de amargura na dolorosa transição do momento significa que o homem se mantém muito distante da Verdade e da Vida.
As lembranças do Natal, porém, na sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura... Sem ele, os povos do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da fraternidade e da paz. Sem ele, tudo serão perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é ainda o Caminho esquecido da Humildade.

EMMANUEL
(Do livro ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL, Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos)

09 novembro 2011

A Parábola

Parábola contada pelo espírito Joanna de Ângelis a Divaldo Franco.
Em 1962, Divaldo passou por uma grande provação, ficando vários dias sem condições de conciliar o sono, hora nenhuma, o que lhe trouxera constante dor de cabeça.
Numa ocasião, não suportando mais, quando Joanna lhe apareceu, ele lhe falou:
- Minha irmã, a senhora sabe que eu estou passando por um grande problema, uma grande injustiça, e não me diz nada?
- Por isso mesmo eu não te digo nada, porque é uma injustiça. E como é uma injustiça, não tem valor, Divaldo.
- Tu és quem está dando valor e quem dá valor à mentira, deve sofrer o efeito da mentira.
Porque, se tu sabes que não é verdade, por que estás sofrendo? Eu não já escrevi por tuas mãos: “Não valorizes o mal”?
- Não tenho outro conselho a dar-te.
- Mas, minha irmã, pelo menos me diga umas palavras de conforto moral, porque eu não tenho a quem pedir.
- Então, ela falou:
- Vou dar-te palavras de conforto. Não esperes muito.
- E contou-lhe a seguinte parábola:
Havia uma fonte pequena e insignificante, que estava perdida num bosque. Um dia, alguém por ali passando, com sede, atirou um balde e retirou água, sorvendo-a em seguida e se foi.
A fonte ficou tão feliz que disse de si para consigo:
Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma água preciosa!
E orou a Deus:
- Ajuda-me a dessedentar!
Deus deu-lhe o poder. A fonte cresceu e veio à borda. As aves e os animais começaram a sorvê-la e ela ficou feliz.
A fonte propôs:
- Que bom é ser útil, matar a sede. Eu gostaria de pedir a Deus que me levasse além dos meus limites, para umedecer as raízes das árvores e correr a céu aberto.
Veio então a chuva, ela transbordou e tomou-se um córrego.
Animais, aves, homens, crianças e plantas beneficiaram-se dela.
A fonte falou:
- Meu Deus, que bom é ser um córrego! Como eu gostaria de chegar ao mar!
E Deus fez chover abundantemente, informando:
Segue, porque a fatalidade dos córregos e dos rios é alcançar o delta e atingir o mar. Vai!
E o riacho tomou-se um rio, o rio avolumou as águas. Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira.
O rio encontrou o seu primeiro impedimento.
Em vez de se queixar, tentou passar por baixo, contornar, mas o tronco de madeira cerceava-lhe os passos. Ele parou, cresceu e o transpôs tranquilamente.
Adiante, havia seixos, pequeninas pedras que ele carregou e outras inamovíveis, cujo volume ele não poderia remover. Ele parou, cresceu e as transpôs, até que chegou ao mar. Compreendeste?
Mais ou menos.
- Todos nós somos fontes de Deus – disse ela.
- E como alguém um dia bebeu da linfa que tu carregavas, pediste para chegar à borda, e Deus, que é amor, atendeu-te.
- Quiseste atender aos sedentos, e Deus te mandou os Amigos Espirituais para tanto. Desejaste crescer, para alcançar o mar e Deus fez que a Sua misericórdia te impelisse na direção do oceano. Estavas feliz.
- Agora, que surgem empecilhos, por que reclamas?
- Não te permitas queixas.
- Se surge um impedimento em teu caminho, cala, cresce, transpõe-no, porque a tua fatalidade é o mar, se é que queres alcançar o oceano da Misericórdia Divina.
- Nunca mais lamentes a respeito de nada.

PRECE A JESUS

O Jesus! Como eu queria
Ter uma gota de sua sabedoria
Eu queria povoar os corações, do amor dos pequeninos
Para que eles sigam a risca os teus ensinos
Eu queria iluminar as mentes escuras
Para que suas mãos peguem na charrua
Eu queria que os homens esquecessem da lúrida maldade
Só assim encontrarão a felicidade
Eu queria semear no coração do atormentado
O arrependimento de seus pecados
Eu queria que a mágoa e a desolação
Fossem exterminadas da vida do Cristão
Eu queria que todo o egoismo que contamina o mundo
Se transformasse no amor mais sólido e profundo
Eu queria que ninguém mais sofresse dor
Mas foi uma das formas de provar o teu amor
E queria poder as doenças curar
Mas o remédio o homem dentro de si, vai encontrar
Eu queria ensinar o homem amar
Mas só vai aprender, quando souber perdoar
Eu queria que a Terra
De amor fizessem a guerra
Armados de humildade
Acertassem a caridade.

Espírito: MIRAMEZ
Psicografia: NILVA

02 outubro 2011

O Que É Ser Médium

Você se indaga, às vezes, se as sensações que tem sentido são realmente de caráter mediúnico ou apenas estados emocionais ou, ainda, se certos acontecimentos não seriam meras fantasias ou suposições erradas, por ficar impressionado em demasia com tudo o que lhe ocorre.
Porém como saber? Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva. Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso da existência terrena.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de rito'>espíritosencarnado'>desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de “intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um rito'>espírito encarnado'>desencarnado, e apessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.
Voltemos ao termo “médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras “Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um rito'>espírito com as demaispessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendonada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios negativos.
Mas, afinal, como saber se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles: alterações emocionais súbitas; acentuada sensibilidade emotiva; vidências; necessidade compulsiva e inoportuna de escrever idéias que não lhe são próprias; calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça; mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;
sensações de enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou vários, conforme a condição ritual'>espiritual do indivíduo.
Que fique bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou seja,pessoas que são médiuns mas que, na verdade, não são espíritas, embora assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida, de um caminho novo, ritual'>espiritualizado, para que você encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.

“A mediunidade não veio em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em bases ritual'>espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”

Suelly Caldas Schubert


Colaborador: Júnior Carvalho

Vinte Serviços que o Espiritismo faz por Você

01 Integra você no conhecimento de sua posição e criatura eterna e responsável, diante da vida.

02 Expõe o sentido real das lições do Cristo e de todos os outros mentores espirituais da Humanidade, nas diversas regiões do Planeta.

03 Suprime-lhe as preocupações originárias do medo da morte provando que ela não existe.

04 Revela-lhe o princípio da reencarnação, determinando o porquê da dor e das aparentes desigualdades sociais.

05 Confere-lhe forças para suportar as maiores vicissitudes do corpo, mostrando a você que no instrumento físico nos reflete as condições ou necessidades do espírito.

06 Tranqüiliza você com respeito aos desajustes da parentela, esclarecendo que o lar recebe não somente os afetos, mas também os desafetos de existências passadas, para a necessária regeneração.

07 Demonstra-lhe que o seu principal templo para o culto da Presença Divina é a consciência.

08 Liberta-lhe a mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa.

09 Elimina a maior parte das suas preocupações acerca do futuro além da morte.

10 Dá-lhe o conforto do intercâmbio com os entes queridos, depois de desencarnados.

11 Entrega-lhe o conhecimento da mediunidade.

12 Traça-lhe providências para o combate ou para a cura da obsessão.

13 Concede-lhe o direito à fé raciocinada.

14 Destaca-lhe o imperativo da caridade por dever.

15 Auxilia você a revisar e revalorizar os conceitos de trabalho e tempo.

16 Concede-lhe a certeza natural de que, se beneficiamos ou prejudicamos alguém, estamos beneficiando ou prejudicando a nós próprios.

17 Garante-lhe serenidade e paz diante da calúnia ou da crítica.

18 Ensina você a considerar adversários por instrutores.

19 Explica-lhe que, por maiores sejam as suas dificuldades exteriores, intimamente você é livre para melhorar ou agravar a própria situação.

20 Patenteia-lhe que a fé ilumina o caminho, mas ninguém fugirá da lei que manda atribuir a cada qual segundo as obras pessoais.


Essas são vinte das muitas bênçãos que o Espiritismo realiza em nosso favor. Será curioso que cada de nós pergunte a si mesmo o que estamos nós a fazer por ele.

Autor: André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira, em 22-10-65, em Uberaba, Minas Gerais

Necessidade de orar

A Sua voz, há pouco, terminara de envolver os homens nas esperanças e consolações do soberano código das Bem-aventuranças.
O odor de santidade e o vigor da sabedoria, decorrentes da Sua magistral lição, ainda envolviam os ouvintes, quando Seus discípulos Dele se acercaram e um deles, comovido, interessado em compreendê-lO, interrogou:
Senhor, por que orais tanto? Sempre quando terminadas as tarefas, por que buscais o silêncio e penetrais na oração?
Havia sadia curiosidade no questionamento do discípulo devotado.
Relanceando o olhar em torno, e aplaudido pela musicalidade da natureza em festa, Ele respondeu:
A alma tem necessidade da oração, mais do que o corpo tem necessidade de pão. Orar é buscar Deus, pedindo Seu auxílio, para absorver resistências nos Seus recursos divinos.
O diálogo salutar prosseguiu e, mais à frente, surgiu novo questionamento por parte dos discípulos:
Mesmo vós – perguntou novamente o amigo – que sois o caminho para o Pai e o Seu Messias para a humanidade, tendes necessidade de orar?
A resposta do Mestre foi doce e poética:
A chama que ilumina gasta o combustível que a sustenta, e a chuva que irriga o solo retorna à nuvem de onde provém.
* * *
Jesus, a chama maior que já esteve entre nós, compreendia com perfeição a necessidade da conversa com o Criador, a necessidade deste contato constante com as esferas superiores.
A prece é o alimento do Espírito, desse ser imortal criado por amor e para amar.
A sintonia com as regiões mais elevadas nos confere novas energias, novo combustível, envolvendo-nos em vibrações de ânimo, de consolo, fazendo-nos mais fortes para enfrentar os nossos dias.
No ato de louvor devemos expressar carinho e reconhecimento, fluindo de nosso ser, de modo a produzir uma sintonia, mediante a qual transmitimos os sentimentos de exaltação do bem.
Quando pedimos, devemos colocar a Deus as reais necessidades de nossa alma, de modo que as solicitações não constituam uma imposição apaixonada, ou um capricho que não merece consideração.
E, finalmente, quando confiamos e agradecemos, é necessário o nosso reconhecimento por tudo aquilo que recebemos, muitas vezes até sem perceber.
Confiar na sabedoria Divina, em Seus desígnios, faz com que tenhamos fé, esta certeza íntima de que tudo sempre acontecerá para o nosso bem e que, no comando das Leis, da justiça do Universo, está o Pai soberanamente justo e bom.
* * *
Quando feitas de coração, todas as nossas preces recebem resposta.
Raramente percebemos, mas a Providência Divina tem formas muito diversas de entrar em contato conosco.
A resposta que buscamos pode estar na conversa com um amigo, nas linhas de um livro que manuseamos por acaso, nas lições de uma palestra, nos relatos trazidos por um filme, nos sonhos à primeira vista incompreensíveis, nas coincidências da vida que nos fazem parar por alguns instantes para pensar.
Deus, como Pai amoroso, jamais deixaria Seus filhos sem respostas.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro Trigo de Deus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 28.09.2011.

21 agosto 2011

MEU HEROI

Meu herói. Este é o nome de matéria de uma revista de circulação nacional, que apresentou ao público relatos muito valiosos.
Abaixo do título do artigo veio escrito:
Todo mundo tem um ídolo assim: em vez de voar ou soltar raios, seu superpoder é o de repassar valores que moldam nosso caráter e nos acompanham pela vida inteira.
Em seguida, as jornalistas apresentam diversos relatos de pessoas falando sobre seus ídolos especiais – esses heróis que lhes deixaram uma contribuição imensurável para a vida.
Deixaram bons exemplos, bons valores. Deixaram uma referência de conduta que lhes permitiu passar pela vida com maior segurança.
Os relatos são belíssimos, singelos, emocionantes.
Um deles, de uma menina de 18 anos, dizia assim:
Meu avô abandonou a família quando meu pai tinha 5 anos. Tempos depois, apareceu em nossa casa, velho e doente.
Meu pai cuidou dele até a morte. Naquele dia, jurei fazer o mesmo:nunca abandonar esse homem tão generoso: meu pai, meu exemplo, meu herói.
Percebamos a beleza desta breve narrativa. Imaginemos que exemplo esse pai está deixando para as próximas gerações!
Um exemplo de amor, de dedicação, de perdão.
Filhos criados em lares que lhes apresentam estas referências elevadas, honrosas, têm muito mais chance de se tornarem homens e mulheres de bem.
Os pais da nova era precisam ter esta vontade de se tornarem heróis para seus filhos, heróis da dignidade, da honestidade, da fraternidade.
Se os filhos encontram seus ídolos dentro do lar, quem sabe possam ser menos influenciados pelos ídolos do momento, pelos ícones instantâneos dos dias atuais, tão perigosos.
Se é natural que as crianças, que os adolescentes e jovens imitam aquilo que julgam interessante, que esta imitação possa ter, no seio da família, uma fonte inesgotável e de qualidade superior.
Depois da vontade, precisam ter o esforço e a abnegação, pois para ser herói de verdade é preciso se dedicar, planejar as ações. Construir em casa uma fonte de boas referências em tudo.
O exemplo vivenciado entre as paredes de um lar possui uma força inimaginável, na construção do caráter da alma infantil.
Não se exige perfeição dos progenitores, de forma alguma. Aliás: a constatação das falhas, das deficiências também é parte importante da construção de um herói.
Heróis não são seres perfeitos: são seres que buscam a perfeição, dia após dia, batalha após batalha.
Que os pais possam ter em mente este objetivo: de deixarem, a cada dia, ano após ano, um jardim de boas referências a seus filhos.
Tais exemplos terão a força de modificar as próximas gerações, pois se forem fortes o suficiente, se marcarem a vida dos filhos, certamente seguirão na direção de netos, bisnetos, etc.
Que os pais deixem belas histórias, belas lembranças, que serão sempre um grande farol a guiar os filhos nos momentos de dificuldade.
Estes são os heróis dos novos tempos: os homens e mulheres de bem que deixarão o legado dos exemplos inesquecíveis, das lições que jamais se poderá olvidar.

Redação do Momento Espírita com base em matéria de Ana Luísa Vieira e Juliana Dias, da revista Sorria, de abril/maio 2011.

CINCO PONTOS PARA SE VIVER MELHOR

Antes de agir por impulso, respire fundo e espere seis segundos. Eles podem fazer a diferença!
"Mente sã, corpo são" diz uma famosa citação do poeta romano Juvenal. Escrita por volta do século II, a máxima ainda faz todo o sentido. Não é possível um corpo saudável quando a mente esta em desordem. Nós somos formados por essa soma, e tudo precisa estar em harmonia. Atingir esse equilíbrio não é tarefa fácil, mas é perfeitamente possível com a ajuda de duas palavras: inteligência emocional.


1. A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer os sentimentos e saber lidar com eles. É dominar as emoções para ter serenidade e saber fazer as melhores escolhas em momentos de pressão.

2. No dia a dia, a inteligência emocional pode ser utilizada em tudo. Toda decisão é emocional, então podemos usar nossa inteligência para escolher um livro, um vestido, uma viagem, um emprego, aplicações financeiras, relacionamentos e principalmente, em situações de risco.
3. A inteligência emocional nos ajuda a entender que não existem emoções negativas. Todas as emoções são reações legítimas; no entanto, existem aquelas que nos afastam do nosso objetivo e aquelas que nos aproximam.
4. Corpo e mente funcionam juntos. De acordo com o que pensamos, o cérebro fabrica uma química, que é a responsável pela emoção. Assim se conseguimos 'treiná-lo', vamos ter reações mais saudáveis e menos impulsivas diante de situações difíceis.
5. A inteligência emocional pode ser treinada. Devemos fazer o exercício da tomada de consciência. Na maioria das vezes, agimos no primeiro impulso. Na hora de uma decisão, preste atenção à própia respiração por seis segundos, que é o tempo em que o estímulo externo chega ao neocortex, região do cérebro que tem a missão de analisar e refletir qual a melhor opção de ação.

As emoções precisam ser sentidas, mas não devem nos dominar ou podem acabar com relacionamentos e a autoestima.

Colaborador: Júnior Madruga

15 julho 2011

Jesus e os dias de hoje

Aqueles dias, nos quais esteve Jesus cantando as glórias de Deus, pelas terras da Palestina, eram dias de grandes dificuldades morais.
As aflições, dramas pessoais, dificuldades de relacionamento, de entendimento entre povos e culturas faziam-se constantes.
A incompreensão, o preconceito, a preocupação com a aparência externa e com o aspecto social era a tônica, nos relacionamentos, principalmente nas classes mais abastadas.
Não muito diferente dos dias de hoje. Em termos morais e valores íntimos, ainda somos muito parecidos com aqueles que encontraram Jesus, durante Seu périplo de amor.
Os dramas vivenciados há mais de dois mil anos, na intimidade daquele povo, se assemelham muito aos desafios emocionais que hoje enfrentamos.
Por isso, os conselhos de Jesus são ainda tão atuais.
Ele falava para um povo que vivia em um mundo sem recursos tecnológicos, utilizava de analogias e comparações que pudessem ser compreendidas, pelas gentes simples.
Não obstante, Seus conceitos e orientações são ainda atuais.
Jesus não Se preocupava com as coisas do mundo. Ensinava as coisas da alma.
Sem preocupar-Se com os valores temporais, era, por excelência, o Sábio dos valores da alma, que os conhecia em profundidade.
Assim, Seus conceitos atravessaram os séculos chegando até nós com atualidade arrebatadora.
Nestes dias onde o estresse emocional e a ansiedade são doenças crônicas, Jesus nos aconselha a deixar a cada dia suas próprias preocupações e necessidades, sem nos afligirmos com o futuro desconhecido.
Ensina-nos a ter confiança e fé em Deus. Serve-Se do exemplo das aves dos céus, que não semeiam, nem ceifam e dos lírios do campo, que não tecem, nem fiam, mas têm uma beleza incomparável, para falar da Providência Divina.
Alerta-nos a não termos atitude inercial, esperando um salvacionismo ilusório, dizendo-nos que é necessário buscar para achar e bater para que as portas se abram.
Nestes dias onde, muitas vezes, nos colocamos como omissos e descomprometidos com nossa vida em sociedade, Jesus nos fala que somos o sal da Terra. E o sal deve atender à sua finalidade de preservação e de sabor.
Quando se mostra tão frequente o descrédito com o ser humano, Jesus nos alerta que somos a luz do mundo e que devemos fazê-la brilhar em nós, através das boas obras que somos capazes de executar.
Nestes dias onde o ter costuma sobrepujar o ser, onde a cobiça e o comprar são as grandes sensações, é Jesus que nos alerta para não nos preocuparmos com tesouros que a traça e a corrosão consomem.
E mais: que onde estiver nosso tesouro, aí estará nosso coração.
Os conceitos de Jesus talvez jamais tenham sido tão importantes como nos dias desafiadores que registra a Humanidade.
Nestes dias, onde os valores e as instituições são questionadas e abalam-se, perante a sociedade e os homens, Jesus prossegue como Modelo e Guia.
É Ele a referência indispensável para bem atravessarmos os mares encapelados da atualidade, para que Sua luz seja o farol que nos haverá de conduzir ao porto seguro que nos aguarda, após a tempestade.
Redação do Momento Espírita.
Em 01.07.2011

05 julho 2011

É VERÍDICO DE CHICO XAVIER

...contado por DIVALDO P. FRANCO
O mais bonito, não eram apenas as visitas que o Chico fazia com os grupos, mas aquelas anônimas que ele realizava pela madrugada, quando saía sozinho para levar seu conforto moral à famílias doentes, a pessoas moribundas, às vezes acompanhado por um amigo para assessorá-lo, ajudá-lo, pois já portava alguns problemas de saúde, mas sem que ninguém o soubesse.
Ali estava a maior antena paranormal da humanidade dos últimos séculos, apagando este potencial para chorar com uma família que tinha fome.
Ele contou-me que tinha o hábito, em Pedro Leopoldo, de visitar pessoas que ficavam embaixo de uma velha ponte numa estrada abandonada, e que ruíra.... Iam ele, sua irmã Luiza e mais duas ou três pessoas muito pobres de sua comunidade..
À medida que eles aumentavam a freqüência de visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal conseguiam víveres para o grupo, pois que os seus salários eram insuficientes, e todos eram pessoas de escassos recursos.
O esposo de Luíza, que era fiscal da prefeitura, recolhia, quando nas feiras-livres havia excedente, legumes e outros alimentos, e que eram doados para distribuir anonimamente, nos sábados, à noite, aos necessitados da ponte.
Houve, porém, um dia em que ele, Luíza e suas auxiliares não tinham absolutamente nada; decidiu-se então, não irem, pois aquela gente estava com fome e nada teriam para oferecer. Eles também estavam vivendo com extremas dificuldades.
Foi quando apareceu-lhe o espírito do Dr. Bezerra de Menezes, que sugeriu colocassem alguns jarros com água, que ele iria magnetizá-los para serem distribuídas, havendo, ao menos, alguma coisa para dar. Ele assim o fez, e o Espírito benfeitor, utilizando-se do seu ectoplasma bem como o das demais pessoas presentes, fluidificou o líquido.
Esse adquiriu um suave perfume, e então o Chico tomou as moringas e, com suas amigas, após a reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte. Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas, entre crianças, adultos, enfermos em geral, pessoas com graves problemas espirituais, necessitados.

Lá vem o Chico, dona Luíza' - gritaram e ele, constrangido e angustiado, por ter levado apenas água (o povo nem sabia o que seria água magnetizada, fluidificada) , pretendeu explicar a ocorrência. Levantou-se e falou:

- Meus irmãos, hoje nós não temos nada' - e narrou a dificuldade. As pessoas ficaram logo ofendidas, tomando atitudes de desrespeito, e ele começou a chorar. Neste momento, uma das assistidas levantou-se e disse:

- Alto lá! Este homem e estas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar, e hoje, que eles não têm nada para nos dar, cabe-nos dar-lhes alguma coisa.... Vamos dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos agradecer a Deus.'
Enquanto ela estava dizendo isso, apareceu um caminhão carregado, e alguém, lá de dentro, interrogou:

- quem é Chico Xavier?'

Quando ele atendeu, o motorista perguntou se ele se lembrava de um certo Dr. Fulano de Tal? Chico recordava-se de um certo senhor de grandes posses materiais que vivia em São Paulo, que um ano antes estivera em Pedro Leopoldo, e lhe contara o drama de que era objeto.
Seu filho querido desencarnara, ele e a esposa estavam desesperados - ainda não havia o denominado Correio de Luz, eram comunicações mais esporádicas - e Chico compadeceu-se muito da angústia do casal.
Durante a reunião, o filhinho veio trazido pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma consoladora mensagem. Então o cavalheiro disse-lhe:

- Um dia, Chico, eu hei de retribuir-lhe de alguma forma. Mas como é que meu filho deu esta comunicação?'

Chico explicou-lhe:

- É natural esse fenômeno, graças ao venerando Espírito Dr. Bezerra de Menezes, que trouxe o jovem desencarnado para este fim', e deu-lhe uma idéia muito rápida do que eram as comunicações mediúnicas.
O casal ficou muito grato ao Dr. Bezerra de Menezes, e repetiu que um dia haveria de retribuir a graça recebida.

Foi quando o motorista lhe narrou:

- Estou trazendo este caminhão de alimentos mandado pelo Sr. Fulano de Tal, que me deu o endereço do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um problema na estrada, e atrasei-me; quando cheguei, estava tudo fechado. Olhei para os lados e apareceu-me um senhor de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu desejava.

- Estou procurando o Sr. Chico Xavier' - respondi.

- Pois olhe: dobre ali, vá até uma ponte caída, e diga que fui eu quem o orientou' - respondeu-me.

- E qual o seu nome?' - indaguei, e ele respondeu ' - Bezerra de Menezes'.

17 junho 2011

Nicodemos (O entrevistador noturno)


Ele era um dos homens mais ricos da sua terra. Talvez a quinta fortuna dos seus dias. Era um vencedor. Pertencia à seita dos fariseus, portanto, à elite judaica.

Ao tempo de Jesus, deveriam existir uns 6.000 fariseus e ele era um dos principais entre os judeus e considerado mestre em Israel.

Seu nome significa aquele que vence as pessoas: Nicodemos. Existem três registros à sua pessoa, todos no quarto Evangelho.

O primeiro se encontra nos apontamentos de João 3,1-21 e narra o seu encontro noturno com Jesus.

Os tempos eram difíceis e a Judéia respirava intranqüilidade. Nicodemos pede uma entrevista a Jesus e vai ao Seu encontro, altas horas da noite.

Esgueira-se pelas colunas, anda pelas ruas olhando para trás, com medo de estar sendo seguido.

Enquanto, normalmente, os que andam à noite, pela cidade de Jerusalém, portem archotes com resina para iluminar o caminho, ele teme ser identificado, reconhecido e anda às escuras.

Desde que ouvira referências ao Homem de Nazaré começara se inquietar. Algo lhe dizia que deveria ouvi-Lo, conhecê-Lo. No entanto, como poderia, sem se expor?

Jesus se hospeda em casa de amigos, fora dos muros da cidade. Na varanda, na noite de primavera, aguarda. Três pancadas se ouvem. João, que O acompanha, se ergue e recebe o que chega.

Na véspera, ocorrera o episódio de Jesus exortar aos mercadores do Templo, dizendo-lhes de que haviam transformado a Casa do Pai em uma casa de vendas.

O fato andava de boca em boca, naturalmente, por muitos acrescido de detalhes nem ocorridos. De toda forma, a política na Judéia era complicada e os ouvidos da espionagem se multiplicavam por todos os recantos de Jerusalém.

Por conhecer o que havia na alma do homem que lhe solicitara a secreta entrevista, Jesus concordara em recebê-lo. Um encontro em casa de alguém que não levantaria suspeitas. Uma ida altas horas da noite.

A Luz do Mundo fala ao intelecto e ao inquieto coração de Nicodemos. O "nascer de novo" mais lhe suscita inquirições. Não que desconhecesse a lei judaica dos renascimentos, deseja antes entender o verdadeiro processo.

"O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de ter eu dito: necessário é nascer de novo. O espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é tudo aquilo que é nascido do Espírito."

Jesus vai além das indagações do doutor da Lei e lhe confia algo acerca do futuro próximo. Nicodemos não é um discípulo, nem parente. Mas é a ele que Jesus revela Seu destino sobre a Terra, pela primeira vez.

Era o início do Seu ministério, Sua primeira viagem a Jerusalém: "Ninguém subiu ao céu a não ser o Filho do homem, ele, que desceu do céu. Do mesmo modo que Moisés elevou a serpente no deserto, assim deve ser elevado também o Filho do homem, para que todo o homem que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna."


Quando a madrugada se tingia de escarlate, o Mestre e o amigo se despediram.

O segundo momento em que Nicodemos é citado é em João 7, 37ss. Jesus fora assistir às cerimônias litúrgicas, no meio do povo.

No último dia da festa dos Tabernáculos, Ele viu o sacerdote, por entre o som das trombetas, colher água, em um vaso de ouro, na fonte de Siloé, tornar a subir a montanha e derramá-la sobre o altar dos holocaustos.

Finda a cerimônia, o povo ainda no átrio do Templo, Jesus, do alto da escada semicircular de 15 degraus, bradou:


"Quem tiver sede venha a mim e beba! Quem crer em mim, brotar-lhe-ão do interior torrentes de águas vivas."

A explanação que o Mestre deu a seguir impressionou o povo e inquietou os sacerdotes. Emissários foram despachados para O prender, mas ninguém O ousou tocar.

Retornaram de mãos vazias. O Sinédrio reunido discute. Não é somente a plebe ignorante que aplaude Jesus. Muitos personagens ilustres O seguem.

Nicodemos recorda seu colóquio noturno com Ele e O defende com desassombro:


"Acaso a nossa lei condena um homem sem primeiro o ouvir e inquirir o que fez?"

Tal defesa lhe valeu a acusação de galileu, o que era sinônimo de discípulo do Nazareno.Sofismando, as vozes exaltadas afirmam que da Galiléia não pode vir profeta algum. O Nazareno é um impostor. Estavam tão enceguecidos pela paixão, que esqueciam que eram filhos da Galiléia os profetas Jonas e Nahum.

A assembléia discutiu muito e acabou por se dissolver, sem nada resolver, afirma o historiador evangélico.

Quantas outras vezes terá Nicodemos defendido Jesus, sem que houvesse registros, porque ele, pela sua humildade, não o revelou a ninguém?

Mas João não o esqueceria. Ser-lhe-ia eternamente grato por sua atitude corajosa, ao se concretizar a morte de Jesus.

E o menciona como aquele que auxiliou José de Arimatéia a conceder sepultamento digno ao corpo do Mestre. Diligenciou a retirada do corpo da cruz, auxiliou a embalsamar o corpo, rapidamente, face ao sábado judaico que logo se iniciaria.

Sua derradeira homenagem foi comprar 100 libras de essências odoríferas e um grande lençol de linho precioso para envolver o corpo.

As anotações evangélicas não vão além. Esteve Nicodemos no Sinédrio, na tenebrosa noite do julgamento do Senhor das estrelas? Se presente, terá sido sua voz a única a se erguer em favor do acusado?

De toda forma, Nicodemos se mostrou amigo Daquele de quem recebeu não somente esclarecimentos, mas confiança na célebre entrevista noturna.

E justiça lhe seja feita, se num primeiro momento foi ouvi-Lo às ocultas, teve a ousadia de defendê-Lo perante os demais membros do Sinédrio. E muita coragem para se expor, providenciando-Lhe a sepultura.

É de nos perguntarmos se não terá ele sofrido represálias do Sinédrio, perseguições, demissão do seu cargo, como conseqüência do seu gesto.

Era sim, um amigo fiel do Mestre de Nazaré.


Matéria publicada no Jornal Mundo Espírita - junho/2005

Bibliografia:
01. FRANCO, Divaldo Pereira. Nicodemos, o amigo. In:___. As primícias do reino. Pelo espírito Amélia Rodrigues. Rio [de Janeiro]: SABEDORIA, 1967.
02. ROHDEN, Huberto. A sepultura de Jesus. In:___. Jesus nazareno. 6. ed. São Paulo: UNIÃO CULTURAL. v. II, nº 190.
03.________. Último dia da festa dos tabernáculos. Op. cit. v. II, nº 91.
04.SALGADO, Plínio. O amigo. In:___. Vida de Jesus. 21. ed. São Paulo: Voz do Oeste, 1978. cap. 21.
05.VAN DER OSTEN, A . Nicodemos. In:___. Dicionário enciclopédico da bíblia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1985

JERUSALÉM E JERICÓ

A parábola do bom samaritano é bem conhecida do mundo cristão.

Jesus a utilizou para ensinar grandes verdades.

Diz o mestre que um homem descia de Jerusalém para Jericó e foi assaltado no meio do caminho.

Jesus se refere a um homem. Não diz se era nobre ou plebeu, se era rico ou pobre, diz somente que era um homem. Poderia ter dito que um homem ia, se dirigia, rumava de Jerusalém para Jericó, mas ele usa o verbo descia, a fim de passar um ensinamento.

Outro detalhe importante está nas cidades a que Jesus se refere: Jerusalém e Jericó. Ele poderia ter dito que um homem transitava pela estrada, ia de uma cidade a outra, caminhava entre duas cidades, mas ele cita o nome dessas cidades.

E aqui vale uma rápida consideração sobre as duas cidades. A cidade de Jerusalém representava as coisas espirituais, as coisas de Deus, era a sede do templo de Salomão. Jericó era um grande polo comercial, a cidade das trocas de mercadorias, do ouro, da usurpação. Representava as coisas do mundo.

Jerusalém significa as coisas do alto, Jericó as baixadas.

O grande ensinamento contido nessa parábola está expresso no verbo que Jesus utilizou e nas duas cidades.

Dizer que o homem descia de Jerusalém significa dizer que ele deixava os interesses espirituais para cuidar das coisas do mundo, dos interesses materiais.

E quando abandonamos a posição Jerusalém para viver a posição Jericó, estamos sujeitos a assaltos, quedas, ferimentos, dores.

Quantos pais de família honrados, fiéis, que de uma hora para outra resolvem buscar uma aventura fora do lar. Deixam sua posição Jerusalém para mergulhar na posição Jericó e são assaltados por terríveis reveses.

O comerciante honesto, que luta com dificuldades mas com dignidade e que de repente resolve enganar seus clientes, tirando um pouco no peso, nas medidas, na qualidade do produto.

Funcionários que trabalharam anos a fio com dignidade e que um dia resolvem aceitar o convite da desonra, caem nas armadilhas da corrupção, e sofrem os assaltos da intranqüilidade e da vergonha.

Políticos que se mantém com o dinheiro suado do trabalho abençoado e um dia se deixam enredar pelas teias dos interesses egoístas e despencam vertiginosamente para as baixadas infelizes, sofrendo assaltos de toda ordem.

Todos aqueles que descem da posição Jerusalém para a posição Jericó sofrem os tormentos na própria alma.

A posição Jerusalém não traz resultados imediatos, mas traz a paz da consciência tranqüila. A possibilidade de conciliar o sono, de andar com a cabeça erguida.

A posição Jericó geralmente vem acompanhada de aplausos interesseiros, de glórias efêmeras, de bajulação hipócrita.

A primeira é perene, duradoura, eterna. A segunda é passageira como as flores de um dia.

Paulo o grande apóstolo dos gentios, depois do contato com o mestre de Nazaré às portas de damasco, jamais abandonou os valores espirituais, jamais desceu da posição Jerusalém para as baixadas das coisas do mundo, da posição Jericó.

Sua caminhada foi áspera e muitas foram as renúncias, mas ele fez a viagem definitiva rumo às paragens celestes com a alma envolta em luz.

Seu rastro perfumado perdura até os dias de hoje, como um convite de amor para quem deseja conquistar a felicidade eterna.

***

Um dia, o amor vestiu-se de homem e andou sobre a Terra.

Ensinou as verdades da vida numa linguagem simples e ao mesmo tempo profunda.

Revestiu os ensinamentos com parábolas de grande sabedoria.

E falou com ternura: "eu sou o caminho da verdadeira vida".

E convidou-nos como um irmão maior: "quem quiser vir após mim, tome de sua cruz, negue-se a si mesmo e siga-me".

(Baseado em palestra proferida por Raul Teixeira no dia 31/12/99 na SEF-RJ)

04 maio 2011

VISÃO DE SAI BABA, SOBRE 2012

Quem é Sai Baba? : Baghavan Sri Sathya Sai Baba nasceu em 23 de novembro de 1926, numa pequena vila no sul da Índia, chamada Puttaparthi, no estado de Andhra Pradesh. Ele reside lá ainda hoje, recebendo milhares de visitantes do mundo inteiro em sua comunidade espiritual (ashram), chamada Prasanthi Nilayam, que significa "Morada da Paz Suprema" (shanti=paz, pra=suprema, nilayam=morada) Sai Baba fala sobre 2012!

"Ouviu falar de 2012 como um ano em que algo ocorrerá? Bom, por um lado existem várias profecias que indicam esta data como um momento importante da história da humanidade, mas a mais significativa é o término do calendário Maya, cuja profecia foi interpretada de várias formas. Os mais negativos pensam que nesse ano o mundo termina, mas isto não é real, pois sabemos que neste ano começa a Era de Aquário.

Na verdade este planeta está sempre mudando a sua vibração, e estas mudanças intensificaram-se desde 1898, levando a um período de 20 anos de alterações dos pólos magnéticos que não ocorriam há milhares de anos.Quando ocorre uma mudança do magnetismo da terra, surge também uma mudança consciencial, assim como uma adaptação física à nova vibração. Estas alterações não acontecem apenas no nosso planeta, mas em todo o universo, como a ciência atual tem comprovado.
Informe-se sobre as mudanças das tempestades solares (que são tempestades magnéticas) e perceberá que os cientistas estão a par destes assuntos.Ou pergunte a um piloto aviador sobre o deslocamento dos pólos magnéticos, já que todos os aeroportos foram obrigados a modificar os seus instrumentos nos últimos anos. Esta alteração magnética se manifesta como um aumento da luz, um
aumento da vibração planetária.

Para entender mais facilmente esta questão, é preciso saber que a vibração planetária é afetada e intensificada pela consciência de todos os seres humanos. Cada pensamento, cada emoção, cada ser que desperta para a consciência de Deus, eleva a vibração do planeta. Isto pode parecer um paradoxo, uma vez que vemos muito ódio e miséria ao nosso redor, mas é assim mesmo. Venho dizendo em mensagens anteriores que cada um escolhe onde colocar a sua atenção. Só vê a escuridão aqueles que estão focados no drama, na dor, e na injustiça. Aquele que não consegue ver o avanço espiritual da humanidade, não tem colocado a sua atenção nesse aspecto. Porém se liberar sua mente do negativo, abrirá um espaço onde sua essência divina pode manifestar-se, e isto certamente trará o foco para o que ocorre de fato neste momento com o planeta e a humanidade.
Estamos elevando a nossa consciência como jamais o fizemos.

Como assim? Não percebe a escuridão?
Vejo-a sim, mas não me identifico com ela, não a temo. Como posso temer a escuridão se vejo a luz tão claramente? Claro que entendo aqueles que a temem, porque também fiquei parado nesse lugar onde apenas via o mal. E por esta razão sinto amor por tudo isso.
A escuridão não é uma força que obriga a viver com mais ruindade ou com mais ódio. Não é uma força que se opõe à luz. É ausência da luz. Não é possível invadir a luz com a escuridão, porque não é assim que o principio da luz funciona. O medo, o drama, a injustiça, o ódio, a infelicidade, só existem em estados de penumbra, porque não podemos ver o contexto total da nossa vida. A única forma de ver a partir da luz é por meio da fé. Assim que aumentamos a nossa freqüência vibracional (estado de consciência), podemos olhar para a escuridão e entender plenamente o que vivemos.

Mas como pode afirmar tudo isso, se no mundo existe cada vez mais maldade? Não há mais maldade, o que há é mais luz, e é sobre isso que falo agora. Imagine que você tem um quarto, ou uma despensa, onde guarda suas coisas, iluminado por uma lâmpada de 40W. Se trocar para uma lâmpada de 100W, verá muita desordem e um tipo de sujeira que você nem imaginava que tinha naquele local.

A sociedade está mais iluminada. Isto é o que está acontecendo. E isto faz com que muitas pessoas que lêem estas afirmações as considerem loucura.
Percebeu que hoje em dia as mentiras e ilusões são percebidas cada vez mais rapidamente? Bom, também está mais rápido alcançar o entendimento de Deus e compreender a forma como a vida se organiza.
Esta nova vibração do planeta tem tornado as pessoas nervosas, depressivas e doentes. Isto porque, para poder receber mais luz, as pessoas precisam mudar física e mentalmente. Devem organizar seus quartos de despejo, porque sua consciência cada dia receberá mais luz. E por mais que desejem evitar, precisarão arregaçar as mangas e começar a limpeza, ou terão que viver no meio da sujeira.

Esta mudança provoca dores físicas nos ossos, que os médicos não conseguem resolver, já que não provem de uma doença que possa ser diagnosticada.
Dirão que é causado pelo estresse. Porém isto não é real. São apenas emoções negativas acumuladas, medos e angústias, todo o pó e sujeira de anos que agora precisa ser limpo. Algumas noites as pessoas acordarão e não conseguirão dormir por algum tempo. Não se preocupem. Leiam um livro, meditem, assistam TV. Não imaginem que algo errado ocorre. Você apenas está assimilando a nova vibração planetária. No dia seguinte seu sono ficará normal, e não sentirá falta de dormir.

Se não entender este processo, pode ser que as dores se tornem mais intensas e você acabe com um diagnóstico de fibromialgia, um nome que a medicina deu para o tipo de dores que não tem causa visível. Para isto não existe tratamento específicos, apenas antidepressivos, que farão com que você perca a oportunidade de mudar sua vida.

Uma vez mais, cada um de nós precisa escolher que tipo de realidade deseja experimentar, porém sabendo que desta vez os dramas serão sentidos com mais intensidade, assim como o amor. Quando aumentamos a intensidade da luz, também aumentamos a intensidade da escuridão, o que explica o aumento de violência irracional nos últimos anos.

Estamos vivendo a melhor época da humanidade desde todos os tempos. Seremos testemunhas e agentes da maior transformação de consciência jamais imaginada.
Informe-se, desperte sua vontade de conhecer estas questões. A ciência sabe que algo está acontecendo, você sabe que algo está acontecendo. Seja um participante ativo. Que estes acontecimentos não o deixem assustado, por não saber do que se trata."

15 abril 2011

INSATISFAÇÃO

122 pares de sapatos e ela não encontrava um que servisse para aquela festa.
20 ternos e ele estava achando todos um lixo.
Geladeira cheia e o menino batia a porta da geladeira por não encontrar uma coisa gostosa.
Calmante forte, com tarja preta e e receita,mas eles não conseguiam dormir.
Carro do ano na garagem, mas não sabiam para onde ir.
Casa de luxo na praia, mas estava fechada havia muitos meses... Celular último tipo.........
DVD, Karaokê, Notebook, Câmera digital, Vídeo Game In Box, jogos de última geração, e muita, muita insatisfação.

Estamos nos armando de tudo o que é tipo de tranqueira material para suprir o vazio que nada preenche. Vamos ao supermercado esperando encontrar felicidade nas prateleiras, mas voltamos frustrados, com o carro cheio e a alma vazia.

Nunca o homem teve tanto acesso a Deus e nunca ficou tão distante como agora, tantos templos, tantas religiões, tantas definições e ideologias, e mesmo assim, o homem se afasta cada vez mais do seu Criador. Por isso a carência afetiva, as doenças nervosas, a violência que se espalha, o consumismo que gera as diferenças sociais tão brutais. E nada sacia o homem, quanto mais ele acumula, quanto mais possui, mais vazio vai se tornando.

Aproveite seu dia, busque encontrar Deus pelo caminho, na pessoa que sentou-se ao seu lado no ônibus, no vizinho que você não cumprimenta já faz tempo, no animal abandonado que você quase atropela, na árvore que seca bem em frente a sua casa, no cidadão deitado no banco da praça, no filho que se embriaga e você nem vê, na filha que sofre a desilusão do primeiro amor e você não sabe.

Quantos gritam onde está Deus? Cegos pelo orgulho que não permite ver que Ele nunca se ausentou, sempre esteve na sua vida, no seu dia, na sua família, mas nunca foi chamado, a não ser nas desgraças e nos momentos de dor e sofrimento.

Você convidou Jesus para almoçar com você hoje? No dia do seu casamento você mandou o primeiro convite para Ele? Na sua formatura Ele estava presente? Hoje ao levantar-se você falou com Ele? Você contou do seu amor, da sua alegria no trabalho?

Você quer saber onde está Deus? Olhe para a sua vida, como você trata os seus, olhe para a sua casa, reveja suas atitudes diárias. Os atos falam mais do que as palavras e tudo o que fazemos, são as verdadeiras orações que levamos até Ele. Por isso, antes de fazer sua oração repetida, velha e cansada, coloque um "fogo novo" na sua vida: Convide Jesus para participar de todos os seus momentos, e assim, você será preenchido, saciado, envolvido pelo amor que nunca acaba, pela água que sacia a tua sede, e então, mesmo com muito pouco, serás plenamente feliz, porque Ele veio para que todos tenham vida, e tenham vida com abundância.

Paulo Roberto Gaefke