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03 dezembro 2010

Ressonâncias do Natal

Na paisagem fria e sem melhor acolhimento, a única hospedaria à disposição era a gruta modesta onde se guardavam os animais.

Não havia outro lugar que O pudesse receber.

O mundo, repleto de problemas e de vidas inquietas, preocupava-se com os poderosos do momento e reservava distinções apenas para os que se refestelavam no luxo, bem como no prazer.

Aos simples e desataviados sempre se dedicavam a indiferença, o desrespeito, fechando-lhes as portas, dificultando-lhes os passos.

Mas hoje, tudo permanece quase que da mesma forma.

Não obstante, durante aquela noite de céu transparente e estrelado, entre os animais domésticos, em uma pequena baia, usada como berço acolhedor, nasceu Jesus, que transformou a estrebaria num cenário de luzes inapagáveis que prosseguem projetando claridade na noite demorada dos séculos, em quase dois mil anos...

Inaugurando a era da humildade e da renúncia, Jesus elegeu a simplicidade, a fim de ensinar engrandecimento íntimo como condição única para a felicidade real.

O Seu reino, que então se instalou naquela noite de harmonias cósmicas, permanece ensejando oportunidades de redenção a todos quantos se resolvam abrigar nas suas dependências.

E o Seu nascimento modesto continua produzindo ressonâncias históricas, antes jamais previstas.

Homens e mulheres, que tomaram contato com Sua notícia e mensagem, transformaram-se, mudando-se-lhes o roteiro de vida e o comportamento, convertendo-se, a partir de então, em luzeiros que apontam rumos felizes para a Humanidade.

*

Guerreiros triunfadores passaram pelo mundo desde aquela época, inumeráveis.

Governantes poderosos estabeleceram reinos e impérios, que pareciam preparados para a eternidade, e ruíram dolorosamente.

Artistas e técnicos, de rara beleza e profundo conhecimento, criaram formas e aparelhagens sofisticadas para tornarem a Terra melhor, e desapareceram.

Ditadores indomáveis e aristocratas incomuns surgiram no proscênio terrestre, envergando posição, orgulho e superioridade, que o túmulo silenciou.

...Estiveram, por algum tempo, deixando suas pegadas fortes, que tornaram alguns odiados, outros rechaçados e sob o desprezo das gerações posteriores.

Jesus, porém, foi diferente.

Incompreendido, o Cantor do Amor aceitou a cruz, para não anuir com o crime, e abraçou a morte para não se mancomunar com os mortos.

Por isso, ressurgiu, em triunfo e grandeza, permanecendo o Ser mais perfeito que jamais esteve na Terra, como modelo que Deus nos ofereceu para Guia.

*

Quando a Humanidade experimenta dores superlativas, quando a miséria sócio-econômica assassina milhões de vidas que estertoram ao abandono; quando enfermidades cruéis demonstram a fragilidade orgânica das criaturas; quando a violência enlouquece e mata; quando os tóxicos arruínam largas faixas da juventude mundial, ao lado de outros males que atestam a falência do materialismo, ressurge a figura impoluta de Jesus, convidando à reflexão, ao amor e à paz, enquanto as ressonâncias do Seu Natal falam em silêncio: Ele, que tem salvo vidas incontáveis, pede para que tentes fazer algo, amando e libertando do erro pelo menos uma pessoa.

Lembrando-te dEle, na noite de Natal, reparte bondade, insculpe-O no coração e na mente, a fim de que jamais te separes dEle.

* * *

Divaldo Pereira.Franco - Da obra: Momentos Enriquecedores.

Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

16 agosto 2010

NOSSO LAR - O FILME

Caros amigos,

A hora é chegada!

No dia 3 de Setembro poderemos, finalmente, ver a obra de André Luiz nas telas de cinema.

Baseado na obra de Chico Xavier, o filme Nosso Lar conta a historia do próprio André Luiz, médico bem sucedido que, após sua morte, acorda no mundo espiritual. Ele não pertence mais ao mundo dos vivos e novas lições e conhecimentos surgem em seu caminho. Enquanto aprende como é a vida em outra dimensão e anseia em voltar a terra e rever seus parentes, André Luiz descobre a grande verdade: a vida continua para todos.

Além do conhecido ator de peças espíritas Renato Prieto, o elenco conta também com profissionais de peso da dramaturgia nacional como Ana Rosa, Werner Schünemann, Othon Bastos, Paulo Goulart e Inez Vianna.

Nosso Lar conta com uma equipe formada por grandes nomes internacionais como o compositor Philip Glass, o diretor de fotografia Ueli Steiger e a empresa de efeitos visuais Intelligent Creatures, e é coproduzido e distribuído pela Fox Film do Brasil.

Não perca a oportunidade de ver essa linda história nas telas do cinema!

O filme conta também com um perfil nas maiores redes sociais na internet. Não deixe de visitá-los e de ajudar a difundir o filme Nosso Lar, seja você também um multiplicador dessa mensagem!




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Nova edição

A FEB lançou, no dia 12 de agosto, na abertura da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a edição especial da obra Nosso Lar, com nova capa, alusiva ao longa metragem. O lançamento contou com a presença de representantes das federativas estaduais, entidades especializadas, dirigentes e presidente da FEB, bem como imprensa espírita.
Informações: www.febnet.org.br

Nosso Lar

Nova edição da obra psicografada por Francisco Cândido Xavier. Nosso Lar é o nome da Colônia Espiritual que André Luiz nos apresenta neste primeiro livro de sua lavra. Em narrativa vibrante, o autor nos transmite suas observações e descobertas sobre a vida no Mundo Espiritual, atuando com um repórter que registra as suas próprias experiências. Revela-nos um mundo palpitante, pleno de vida e atividades, organizado de forma exemplar, onde Espíritos procedentes da Terra passam por estágio de recuperação e educação espiritual supervisionado por Espíritos Superiores. Nosso Lar não é o Céu; é mais um hospital, uma escola, uma zona de trânsito. Mas nos permite antever o Mundo Espiritual que nos aguarda, quando abandonarmos o corpo carnal pela morte física.

05 julho 2010

Reforma Moral

A questão 895 de O Livro dos Espíritos, no capítulo que trata da Perfeição Moral, Allan Kardec indaga: `Postos de lado os defeitos e os vícios acerca dos quais ninguém se pode equivocar, qual o sinal mais característico da imperfeição?` Ao que os Espíritos Superiores respondem: `O interesse pessoal. (...) O apego às coisas materiais constitui sinal notório de inferioridade, porque, quanto mais se aferrar aos bens deste mundo, tanto menos compreende o homem o seu destino. Pelo desinteresse, ao contrário, demonstra que encara de um ponto mais elevado o futuro.`

Dependendo do ponto de vista que tem a respeito da própria vida, o homem pode tomar atitudes diversas: se tem dúvidas com relação à sua condição de Espírito imortal, que continuará a existir e a progredir depois da morte do corpo físico, ele se apega aos valores materiais, que são temporários; se, ao contrário, está convicto da sua imortalidade, ele administrará os bens materiais como quem está com a responsabilidade de cuidar de algo por tempo determinado, findo o qual deixará na matéria o que é da matéria, prestando contas da sua administração, e conquistando valores espirituais, estes sim permanentes, que decorrem do respeito e do amor ao próximo que pratica.

O excessivo apego às coisas materiais leva o homem ao cultivo do orgulho e do egoísmo e, por conseqüência, a toda desagregação social que ambos provocam. E quando isto ocorre, esse homem busca, inquieto, soluções as mais diversas, apelando para reformas sociais, reformas econômicas ou reformas políticas, muito válidas, sem dúvida, mas que por si não são suficientes para eliminar suas angústias.

Uma única reforma, se faz necessária, que está na base de todas as demais: é a reforma moral do ser humano, a qual consiste em substituir o orgulho pela humildade e o egoísmo pela fraternidade. Esta reforma será sempre mais consistente quanto mais convicto estiver o ser humano de sua imortalidade.

Com esta transformação moral constrói-se uma paz duradoura para toda a Humanidade, evita-se a guerra entre seres e nações, elimina-se a miséria e a ignorância no mundo e distribuem-se com equanimidade os valores econômicos entre todos os seus habitantes. Isto porque não se pode pretender uma sociedade justa constituída por seres injustos, nem, tampouco, uma sociedade fraterna e solidária constituída por seres violentos.

Analisando as conseqüências decorrentes da convicção que a Doutrina Espírita nos traz – de que somos Espíritos imortais em constante processo de evolução; já existíamos antes de nascer e vamos continuar a existir depois da morte do corpo físico; temos um claro objetivo a alcançar que é o nosso aprimoramento intelectual e moral, como Espírito encarnado ou desencarnado –, Allan Kardec não teve dúvidas em afirmar: `O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza.` (O Livro dos Espíritos, q. 918; O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 3.)

E Jesus, depois de nos alertar para não andarmos muito cuidadosos com as coisas da matéria, já nos ensinava no seu Evangelho: `Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua Justiça e todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo.` (Mateus, 6:33.)

Fonte: Revista Reformador Out/05

Amar a si, uma boa dinâmica

A nossa sociedade, por razões culturais e religiosas, criou grande confusão em torno da idéia de amar a si mesmo. No entanto, as palavras de Jesus nos trazem a pureza cristalina de sua mensagem, e afirmam que assim como amo a mim, amo as outras pessoas.
Amar o próximo como a si mesmo. Como interpretar estas palavras sem retirar-lhes seu sentido original? Existe um fato incontestável: todo ser humano necessita de afeto e reconhecimento.
É algo que faz parte de nossa natureza. Apreciamos quando nos sentimos valorizados, gostamos que as pessoas notem nossa presença e se lembrem de nós, que respeitem nossas opiniões e sentimentos.
Quando esta natureza é desrespeitada, surgem dificuldades que deságuam nos consultórios de psicologia, nas igrejas, nos centros espíritas e nos hospitais. Ou seja, as pessoas adoecem por falta de amor, porque pensamentos negativos e falta de bons sentimentos em relação a si mesmas enfraquecem a organização perispiritual, podendo trazer danos graves à saúde, dependendo da intensidade e do quanto perduram.
Também é um fato que pessoas que se sentem desamadas não se amam. Não se dão valor, mas esperam que alguém as valorize. Não se ouvem nem se entendem.
Às vezes, nem se perdoam. Mas esperam tais atitudes das outras pessoas.
Elas não têm consciência do que fazem. Aprenderam que amar era se esquecer, se abandonar, renunciar a si para viver em função do outro, todo este discurso pseudo-religioso! E quando incorporam este discurso, exercitam um sentimento que deveria trazer alegria e contentamento – este sentimento que chamam de “amor ao próximo”, mas tornam-se pessoas amargas, descrentes do ser humano e da chance de bons relacionamentos, experimentando a frustração de não receberem consideração, afeto, valorização, respeito.
Experimentam a raiva e o ressentimento, a solidão e a inveja, sentimentos considerados tão pouco cristãos que ainda as fazem sentir-se horrivelmente culpadas. Porém é importante frisar que esta raiva é natural.
Não é uma emoção desprezível, mas somente uma reação primária de um ser em grande carência emocional, a dor íntima de não se sentir merecedor do afeto e da consideração dos outros.
Mas o fato é que, apesar de se sentirem ou agirem como vítimas, tornaram-se pessoas que precisam usar os outros pra se sentirem bem consigo mesmas, de gente que as agradeça pelo que fazem, que as elogie quando realizam um bom trabalho, ou então sentem-se como lixo.
Contudo, por que alguém deveria me levar em consideração, se eu não me considero? Por que alguém deveria me agradecer, se não me agradeço? Perceber meu valor e importância, se não percebo?
Pois é, enquanto eu não gosto de mim, tudo o que faço é exigir das pessoas ou, então, oferecer-lhes algo para receber compensações. E Jesus sabia que funcionava deste jeito, por isso ele fala da condição de amar a si próprio para amar o próximo incondicionalmente.
Assimilar esta idéia conduz à reformulação de uma série de conceitos.
O conceito de como viver os ensinamentos do Cristo. Se antes achava que podia ser cristão me sentindo um ninguém, hoje entendo que não posso sê-lo sem sentir-me um alguém único e muito importante.
O conceito de caridade. Se antes achava que podia apenas doar aos outros, hoje descubro que preciso dar a mim segundo minhas necessidades, para não ficar exigindo dos outros.
O conceito de renúncia. Não posso renunciar ao que sou, e o que sinto e penso não podem ser postos de lado sem sofrimento.
Para muitas pessoas, estes conceitos são tão novos que pode ser difícil colocar em prática. Uma sugestão é para que comecemos a fazer por nós mesmos tudo àquilo que os que amam costumam fazer pelo ser amado:
- Dizer palavras afetuosas;
- Levar pra passear;
- Enxergar as qualidades;
- Não ficar condenando, nem criticando;
- Cuidar da saúde;
- Oferecer presentes e pequenos agrados;
- Dar carinho;
- Não se destruir através de práticas não saudáveis;
- Não negligenciar suas necessidades emocionais, de desenvolvimento intelectual, de realização profissional, de repouso, de paz íntima etc.
Colaborador: Júnior Carvalho

VOCÊ SABIA?

O termo apnéia refere-se à interrupção da respiração pela boca e/ou pelo nariz, por um período maior do que 10 segundos. Normalmente, durante o sono, ocorrem alguns episódios de apnéia, mas quando esses episódios são muito freqüentes e prolongados, a ponto de interferirem na qualidade do sono da pessoa, configura-se o quadro denominado Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS).

Existem basicamente três tipos de apnéia:

  • Apnéia central: não ocorre entrada e nem saída de ar dos pulmões porque a pessoa não faz nenhum esforço para respirar.
  • Apnéia obstrutiva: a pessoa tenta respirar, mas não consegue porque alguma região da garganta está obstruída.
  • Apnéia mista: inicialmente a pessoa não faz esforço para respirar; depois, quando começa a tentar respirar, não consegue porque existe uma obstrução.

A SAOS é uma doença relativamente comum, atingindo cerca de 2% das mulheres e 4% dos homens, na idade adulta. Muitas dessas pessoas são roncadoras, mas frequentemente não suspeitam da doença porque os sintomas são muito inespecíficos e poderiam ser explicados por outros problemas. A doença é crônica e progressiva e causa repercussões neurológicas e comportamentais. A associação com a obesidade é marcante.

16 fevereiro 2010

Vida e morte

Narra-se que o príncipe Sidarta Gautama, após ter-se iluminado, oportunamente interrogou os seus discípulos, indagando qual era o oposto de morte, e eles responderam que era vida.

Após reflexionar por momentos, o nobre mestre redarguiu, tranquilo, que o inverso de morte é renascimento, porquanto sempre se está na vida, quer se deambule através do corpo físico ou fora dele.

Em realidade, a vida biológica, em face da organização molecular que se desestrutura, experimenta, inevitavelmente, a sua desagregação, quando ocorre o fenômeno da morte, que libera do casulo em que se enclausura o Espírito imortal.

Viajor do tempo e do espaço, singra os oceanos de energia, energia pensante que é, vestindo-se, despindo-se e revestindo-se de matéria orgânica para o ministério da evolução, em cujo curso se encontra inscrito.

A vida, no entanto, desde quando criada por Deus, jamais se extingue, alterando-se constantemente de expressão de acordo com os instrumentos de que se utiliza, até lograr o estado de plenitude ou alcançar o Reino dos Céus.

A inevitabilidade da morte biológica deve constituir grave quesito de fundamental importância nas reflexões de todas as criaturas, tendo em vista o momento que será por ela alcançado inapelavelmente.

A depender das circunstâncias e dos fatores que a desencadeiam, a morte foi transformada em tabu, como se constituísse uma verdadeira desgraça, quando é simplesmente uma porta que se abre na direção da Realidade...

A conscientização da transitoriedade do corpo somático, elaborado pelo Divino Amor para servir de solo fértil para a fecundação e desenvolvimento dos atributos adormecidos no Espírito, representa conquista valiosa para a harmonia do ser durante a aprendizagem terrestre.

Mediante o respeito que deve ser dedicado à estrutura orgânica, faculta-se-lhe uma existência de equilíbrio ou de desar, que lhe proporciona libertação fácil ou demorada, conforme a maneira como se haja dele utilizado. Assim sendo, a morte não significa o fim da vida, mas a bênção do renascimento em outra dimensão estuante de vibração e de progresso.

Não fora assim e todo o projeto e realização do ser humano perderia o seu significado grandioso, quando a desoxigenação cerebral anulasse as contínuas modificações celulares.

O ser humano tem como destino a conquista do Infinito, e esse logro não pode ser alcançado em apenas uma etapa, considerando-se a incontável pluralidade de constelações de galáxias, que o Pai criou para servir de morada para os Seus filhos...

O sentido psicológico do existir, igualmente ficaria afetado, em face do ínfimo espaço entre berço e túmulo, prelúdio do aniquilamento da inteligência e da razão, tendo-se em vista a eternidade...

Morte, portanto, é renascimento, sono momentâneo que faculta o despertar em novo campo vibratório.

* * *

Aqueles seres queridos que morreram, em realidade não se consumiram, conforme estabelecem algumas correntes do materialismo, anulando a grandeza da vida. Eles vivem e esperam por ti, acompanhando-te por enquanto e auxiliando-te na aquisição dos tesouros imarcescíveis das virtudes espirituais.

Eles resguardam os seres queridos, tendo a visão ampliada em torno da realidade que ora defrontam, e gostariam que fosse alcançada pelos afetos que ficaram na retaguarda.

Por essa razão, encorajam-nos durante as provações, oferecem-lhes braços amigos e inspiração contínua para que permaneçam em paz, embora o rugir das borrascas perigosas que desabam sobre suas existências com certa frequência...

Mas nem todos são felizes, como se pode facilmente compreender.

Cada um desperta conservando os valores com os quais adormeceu.

Todos os títulos de mérito ou de demérito permanecem válidos para aquele que os conduz durante a jornada carnal ou após o seu decesso tumular.

Desse modo, os Espíritos venturosos de hoje são aqueles que ontem se empenharam no culto dos deveres elevados, que transformaram a existência em formoso educandário, no qual abrilhantaram a inteligência e enterneceram o coração, transformando-se em sinfonia viva de amor.

Aqueloutros, porém, que da existência terrestre somente cultivaram os sentimentos negativos, atados às paixões nefastas, profundamente vinculados aos vícios, com dificuldade separam-se dos despojos em degradação, dando prosseguimento à alucinação em que se compraziam.

São infelizes e infelicitadores, porquanto se acercam das criaturas que vibram no seu mesmo diapasão, inspirando-lhes ideias perturbadoras, intoxicando-as com os seus fluidos deletérios, induzindo-as a situações deploráveis e submetendo-as, muitas vezes, aos seus caprichos infelizes...

Ignorantes dos recursos de elevação ou renegando-os, jazem no cárcere da própria insânia, prolongando os padecimentos que os visitaram antes da desencarnação e que lhes estiolam a alegria e a esperança...

Não ficam, porém, eternamente nesse estado de mesquinhez e aflição, porque a misericórdia do Pai os busca, recambiando-os aos renascimentos expiatórios através dos quais se depuram e se renovam.

A morte, portanto, não deve ser considerada como a desventurada ocorrência da vida, mas sim, como a desveladora da realidade espiritual, na qual, todos se encontram mergulhados.

Por isso mesmo, morrer não é conquistar a ventura excelsa, caso não se tenha entesourado antes os seus pródromos em forma de amor, abnegação e vivência digna durante a jornada terrestre.

Cada criatura, portanto, morre conforme vive, e desperta consoante morreu.

* * *

Não esperes milagres da desencarnação, cujo objetivo é conduzir ao Grande Lar o aprendiz que viajou antes na direção do educandário terrestre, onde se deve ter aprimorado e crescido moralmente.

Cultiva o pensamento em torno da desencarnação como bênção que um dia te alcançará, e não te permitas temê-la.

Recorda aqueles que se apartaram fisicamente de ti, mas que não te abandonaram, procurando senti-los, captar-lhes os pensamentos e as emoções, quando felizes, e, se porventura lhes perceberes as aflições, envolve-os em dúlcidas vibrações de amor e de ternura através da sublime emanação da prece, que lhes fará um grande bem.

Joanna de Ângelis

Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 22.05.2009,na residência do Sr. Josef Jackulak, em Viena.


06 janeiro 2010

Consciência ecológica

Uma cascata fluindo branca, como uma cortina rendada; um céu repleto de estrelas, o cheiro da terra molhada após a primeira chuva, gotas que brilham em pétalas.
A natureza é um espetáculo para se contemplar em silêncio respeitoso, com o coração em prece.
Deus se mostra, majestoso, nas Suas obras monumentais.
A arte, o belo, o refinamento, a exatidão. Tudo é visível na natureza.
Por isso, um dos maiores filósofos da Terra, grafou palavras que resumem de forma completa o que representa a natureza para o homem habituado a pensar em Deus.
É de Immanuel Kant esta bela frase: "Duas coisas enchem minha alma de admiração e respeito: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim".
E diante desse espetáculo de formas, cores e perfumes, o que fazemos nós, os seres humanos? Poluímos, matamos, utilizamos sem cuidado. Somente a poucos anos a Humanidade passou a observar que o nosso Mundo está maltratado.
A palavra Ecologia então entrou na moda, ganhou o Mundo, tornou-se sinônimo de consciência ética. Mas muitos de nós ainda estão distantes do sentimento de reverência que a obra divina deveria merecer de todos.
Florestas devastadas, rios transformados em canais pútridos, animais torturados e vendidos como mercadoria barata.
Isso nos mostra o quanto ainda estamos distanciados do ideal de amor e respeito que a obra de Deus merece.
A casa planetária - saqueada, poluída, agredida - geme sob o domínio humano. E os resultados começam a surgir, preocupantes: aquecimento global, doenças, morte de espécies.
Eis que o produto de nosso descaso se volta contra nós. Furacões, tsunamis, tufões.
Quando ocorrem as grandes tragédias, decorrentes de fenômenos naturais, o homem é a primeira vítima.
E mesmo assim, resiste em continuar cego para os sinais de que algo está profundamente errado na forma como nos relacionamos com a natureza.
Como reverter esse quadro? Como restaurar o equilíbrio? A resposta está na palavra educação. Essa arte de educar os caracteres é a chave para que as futuras gerações tenham uma visão mais larga sobre o papel do ser humano, como agente causador da destruição do planeta em que vivemos.
Aos homens do futuro - que hoje são crianças e adolescentes - nos cabe oferecer uma consciência mais apurada e uma noção mais plena sobre preservação do meio ambiente.
Mas... como fazer isso? Educando-os desde hoje. Uma educação que vai além da escola formal. A educação do Espírito, que consiste em implantar novos conceitos ético-morais no indivíduo.
A educação do Espírito é completa. Não apenas o informa sobre as regras de gramática e as normas da geometria.
Fala ao homem sobre seu papel no Mundo. Educa-o para a convivência fraternal com todos os seres - humanos, animais e vegetais.
E prepara-o para cuidar do lugar que vive.
No dia-a-dia, essa educação se mostra no combate aos desperdícios de toda espécie, na economia dos recursos naturais, no respeito integral a toda forma de vida. Um exemplo dessa consciência superior pode ser encontrado em Francisco de Assis, que amava a obra divina a tal ponto que chamava de irmãos ao sol, à lua, ao vento, à água e às estrelas.
Quem de nós poderia traduzir melhor o amor do que abraçando a natureza com palavras de amor?

Darwin: Criacionismo vs. Evolucionismo

Darwin elaborou a teoria do Evolucionismo, onde assevera que as espécies vivas têm uma origem comum, evoluem e se adaptam, concluindo que o homem é a evolução do macaco, dos quais descen-demos.
Esta teoria, hoje amplamente aceita cientificamente, choca-se frontalmente com os escritos bíblicos da Gênesis, que diz que o homem foi criado por Deus na pessoa de um único ser: Adão, e que dele criou Eva, e que ambos povoaram o mundo a partir de aproximadamente 5.800 anos atrás.
Pela teoria de Darwin, o inicio da vida no planeta partiu do aparecimento de animais unicelulares vivendo nas águas dos mares, que foram evoluindo para animais multicelures, e destes para animais mais complexos, passando pelos inverte-brados, pelos répteis, anfíbios, animais ovíparos, mamíferos, até chegar ao bicho homem.
Os religiosos de todos os matizes que baseiam suas crenças na Bíblia, notadamente os cristãos tradicionalistas, não aceitam esta teoria, e tentam de todas as formas anatematizar a Darwin.
Em alguns países, principalmente nos Estados Unidos, procuram inclusive impedir que a teoria da Origem das Espécies seja ensinada nas escolas.
Alguns mais radicais alegam que Darwin procurou matar a Deus, tirando Dele o status de criador do Universo.
Julgamento apressado e injusto, próximo ao fanatismo religioso.
Ora, Darwin está certo, e os que acreditam no criacionismo também tem a sua parcela de razão no assunto.
O que falta a ambos é uma chave que una ambas as informações. O Espiritismo trouxe ao mundo esta chave, na publicação do O Livro dos Espíritos, publicado em 1857, curiosamente dois anos antes da publicação do livro de Darwin A Origem das Espécies em 1859.
No capitulo III do livro I, nas perguntas 43 a 49 (Formação dos seres vivos), e nas perguntas de 50 a 54 (Povoamento da Terra. Adão; e Diversidade das Raças Humanas), encontramos as respostas dos espíritos esclarecendo de forma racional o aparecimento da vida no planeta. Por essas respostas se verifica que Darwin concluiu acertadamente.
O aparecimento da vida na terra se deu da forma como Darwin explicou, mas isso não quer dizer que Deus esteja fora disso. Ora, a teoria de Darwin já encontra um mundo formado e apropriado ao apare-cimento da vida. Os germens da vida já estavam presentes nos elementos da natureza, e mesmo as leis que regem os desenvolvimentos celulares já estavam plasmadas. E tudo isto existia por quê? Porque Deus, criador de todas as coisas os fez.
Aí está a união das duas teorias – Criacionismo e Evolucionismo.
Deus criou todas as coisas, mas as fez de forma que evoluíssem gradativamente, racionalmente, do mais simples ao mais complexo, com o auxilio do tempo.
Darwin não está contra Deus, nem Deus está contra Darwin.
Este fenomenal naturalista inglês apenas desvendou para o mundo cientifico a forma como Deus cria no nosso planeta. E os espíritos corroboraram essas afirmativas do cientista nas respostas do O Livro dos Espíritos citadas acima.
Errado é tentar manter a crença numa alegoria Bíblica, que passou uma informação aos homens de sua época, de acordo com a capacidade de entendimento que possuíam, e na medida dos seus rudimentares conhecimentos das ciências, mas que as pessoas ainda hoje as tomam ao pé da letra, ignorando a lógica e a razão, e principalmente procurando ignorar os achados arqueológicos que confirmaram a presença da criatura humana a cerca de quatro milhões de anos atrás, podendo este numero ser aumentado, caso seja achado um outro fóssil anterior a este.
Bem, como a presença de seres humanos foi atestada pela ciência a quatro milhões de anos atrás, como ainda acreditar que todos nascemos de Adão há apenas 5.800 anos atrás?
Existem outras pessoas que independente das questões dogmáticas religiosas, se chocam com a idéia de que seus ancestrais foram animais, os macacos. Eles se acham superiores e indignos de sere apresentados como descendentes de primatas irracionais.
Aí também falta a essas pessoas a chave do Espiritismo.
Conhecessem elas as leis naturais trazidas pela Doutrina Espírita, que esclarecem que todos somos criados simples e ignorantes e que todos evoluímos de espécies mais simples para as mais avançadas, não se chocariam, e conseguiriam compreender e aceitar.
A chave é a reencarnação.
Nos livros da doutrina, aprendemos que a evolução do ser se processa desde os elementos mais simples, passando pelos reinos mineral, vegetal, animal e hominal, e que o ser ainda prossegue evoluindo por milhares de reencarnações até dispensar a vida em corpos físicos, passando daí a evoluir apenas na vida espiritual, por toda a eternidade, pois a evolução não cessa nunca.
Então fica fácil entender a nossa atual situação. Pelo mecanismo da reencarnação passamos de seres simples, irracionais, ignorantes para seres cada vez mais evoluídos, consoante nosso esforço em avançar. Se hoje somos seres racionais já muito evoluídos em relação aos homens da caverna, é porque elaboramos a nossa evolução e aprimoramento através dos séculos e milênios, nascendo e renascendo muitas vezes.
Nada mais simples e lógico, não acham?

Colaborador: Junior Madruga