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06 janeiro 2010

Consciência ecológica

Uma cascata fluindo branca, como uma cortina rendada; um céu repleto de estrelas, o cheiro da terra molhada após a primeira chuva, gotas que brilham em pétalas.
A natureza é um espetáculo para se contemplar em silêncio respeitoso, com o coração em prece.
Deus se mostra, majestoso, nas Suas obras monumentais.
A arte, o belo, o refinamento, a exatidão. Tudo é visível na natureza.
Por isso, um dos maiores filósofos da Terra, grafou palavras que resumem de forma completa o que representa a natureza para o homem habituado a pensar em Deus.
É de Immanuel Kant esta bela frase: "Duas coisas enchem minha alma de admiração e respeito: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim".
E diante desse espetáculo de formas, cores e perfumes, o que fazemos nós, os seres humanos? Poluímos, matamos, utilizamos sem cuidado. Somente a poucos anos a Humanidade passou a observar que o nosso Mundo está maltratado.
A palavra Ecologia então entrou na moda, ganhou o Mundo, tornou-se sinônimo de consciência ética. Mas muitos de nós ainda estão distantes do sentimento de reverência que a obra divina deveria merecer de todos.
Florestas devastadas, rios transformados em canais pútridos, animais torturados e vendidos como mercadoria barata.
Isso nos mostra o quanto ainda estamos distanciados do ideal de amor e respeito que a obra de Deus merece.
A casa planetária - saqueada, poluída, agredida - geme sob o domínio humano. E os resultados começam a surgir, preocupantes: aquecimento global, doenças, morte de espécies.
Eis que o produto de nosso descaso se volta contra nós. Furacões, tsunamis, tufões.
Quando ocorrem as grandes tragédias, decorrentes de fenômenos naturais, o homem é a primeira vítima.
E mesmo assim, resiste em continuar cego para os sinais de que algo está profundamente errado na forma como nos relacionamos com a natureza.
Como reverter esse quadro? Como restaurar o equilíbrio? A resposta está na palavra educação. Essa arte de educar os caracteres é a chave para que as futuras gerações tenham uma visão mais larga sobre o papel do ser humano, como agente causador da destruição do planeta em que vivemos.
Aos homens do futuro - que hoje são crianças e adolescentes - nos cabe oferecer uma consciência mais apurada e uma noção mais plena sobre preservação do meio ambiente.
Mas... como fazer isso? Educando-os desde hoje. Uma educação que vai além da escola formal. A educação do Espírito, que consiste em implantar novos conceitos ético-morais no indivíduo.
A educação do Espírito é completa. Não apenas o informa sobre as regras de gramática e as normas da geometria.
Fala ao homem sobre seu papel no Mundo. Educa-o para a convivência fraternal com todos os seres - humanos, animais e vegetais.
E prepara-o para cuidar do lugar que vive.
No dia-a-dia, essa educação se mostra no combate aos desperdícios de toda espécie, na economia dos recursos naturais, no respeito integral a toda forma de vida. Um exemplo dessa consciência superior pode ser encontrado em Francisco de Assis, que amava a obra divina a tal ponto que chamava de irmãos ao sol, à lua, ao vento, à água e às estrelas.
Quem de nós poderia traduzir melhor o amor do que abraçando a natureza com palavras de amor?

Darwin: Criacionismo vs. Evolucionismo

Darwin elaborou a teoria do Evolucionismo, onde assevera que as espécies vivas têm uma origem comum, evoluem e se adaptam, concluindo que o homem é a evolução do macaco, dos quais descen-demos.
Esta teoria, hoje amplamente aceita cientificamente, choca-se frontalmente com os escritos bíblicos da Gênesis, que diz que o homem foi criado por Deus na pessoa de um único ser: Adão, e que dele criou Eva, e que ambos povoaram o mundo a partir de aproximadamente 5.800 anos atrás.
Pela teoria de Darwin, o inicio da vida no planeta partiu do aparecimento de animais unicelulares vivendo nas águas dos mares, que foram evoluindo para animais multicelures, e destes para animais mais complexos, passando pelos inverte-brados, pelos répteis, anfíbios, animais ovíparos, mamíferos, até chegar ao bicho homem.
Os religiosos de todos os matizes que baseiam suas crenças na Bíblia, notadamente os cristãos tradicionalistas, não aceitam esta teoria, e tentam de todas as formas anatematizar a Darwin.
Em alguns países, principalmente nos Estados Unidos, procuram inclusive impedir que a teoria da Origem das Espécies seja ensinada nas escolas.
Alguns mais radicais alegam que Darwin procurou matar a Deus, tirando Dele o status de criador do Universo.
Julgamento apressado e injusto, próximo ao fanatismo religioso.
Ora, Darwin está certo, e os que acreditam no criacionismo também tem a sua parcela de razão no assunto.
O que falta a ambos é uma chave que una ambas as informações. O Espiritismo trouxe ao mundo esta chave, na publicação do O Livro dos Espíritos, publicado em 1857, curiosamente dois anos antes da publicação do livro de Darwin A Origem das Espécies em 1859.
No capitulo III do livro I, nas perguntas 43 a 49 (Formação dos seres vivos), e nas perguntas de 50 a 54 (Povoamento da Terra. Adão; e Diversidade das Raças Humanas), encontramos as respostas dos espíritos esclarecendo de forma racional o aparecimento da vida no planeta. Por essas respostas se verifica que Darwin concluiu acertadamente.
O aparecimento da vida na terra se deu da forma como Darwin explicou, mas isso não quer dizer que Deus esteja fora disso. Ora, a teoria de Darwin já encontra um mundo formado e apropriado ao apare-cimento da vida. Os germens da vida já estavam presentes nos elementos da natureza, e mesmo as leis que regem os desenvolvimentos celulares já estavam plasmadas. E tudo isto existia por quê? Porque Deus, criador de todas as coisas os fez.
Aí está a união das duas teorias – Criacionismo e Evolucionismo.
Deus criou todas as coisas, mas as fez de forma que evoluíssem gradativamente, racionalmente, do mais simples ao mais complexo, com o auxilio do tempo.
Darwin não está contra Deus, nem Deus está contra Darwin.
Este fenomenal naturalista inglês apenas desvendou para o mundo cientifico a forma como Deus cria no nosso planeta. E os espíritos corroboraram essas afirmativas do cientista nas respostas do O Livro dos Espíritos citadas acima.
Errado é tentar manter a crença numa alegoria Bíblica, que passou uma informação aos homens de sua época, de acordo com a capacidade de entendimento que possuíam, e na medida dos seus rudimentares conhecimentos das ciências, mas que as pessoas ainda hoje as tomam ao pé da letra, ignorando a lógica e a razão, e principalmente procurando ignorar os achados arqueológicos que confirmaram a presença da criatura humana a cerca de quatro milhões de anos atrás, podendo este numero ser aumentado, caso seja achado um outro fóssil anterior a este.
Bem, como a presença de seres humanos foi atestada pela ciência a quatro milhões de anos atrás, como ainda acreditar que todos nascemos de Adão há apenas 5.800 anos atrás?
Existem outras pessoas que independente das questões dogmáticas religiosas, se chocam com a idéia de que seus ancestrais foram animais, os macacos. Eles se acham superiores e indignos de sere apresentados como descendentes de primatas irracionais.
Aí também falta a essas pessoas a chave do Espiritismo.
Conhecessem elas as leis naturais trazidas pela Doutrina Espírita, que esclarecem que todos somos criados simples e ignorantes e que todos evoluímos de espécies mais simples para as mais avançadas, não se chocariam, e conseguiriam compreender e aceitar.
A chave é a reencarnação.
Nos livros da doutrina, aprendemos que a evolução do ser se processa desde os elementos mais simples, passando pelos reinos mineral, vegetal, animal e hominal, e que o ser ainda prossegue evoluindo por milhares de reencarnações até dispensar a vida em corpos físicos, passando daí a evoluir apenas na vida espiritual, por toda a eternidade, pois a evolução não cessa nunca.
Então fica fácil entender a nossa atual situação. Pelo mecanismo da reencarnação passamos de seres simples, irracionais, ignorantes para seres cada vez mais evoluídos, consoante nosso esforço em avançar. Se hoje somos seres racionais já muito evoluídos em relação aos homens da caverna, é porque elaboramos a nossa evolução e aprimoramento através dos séculos e milênios, nascendo e renascendo muitas vezes.
Nada mais simples e lógico, não acham?

Colaborador: Junior Madruga