Nem sempre as pessoas se dão conta da existência de Deus. Não se lembram de louvá-lo pela bênção da vida e de agradecer por tudo que a Misericórdia Infinita oferece.
Parece que o mundo pertence aos homens, que tudo se resolve com a força do dinheiro e do prestígio, que a felicidade é uma questão de saldo bancário e que ninguém precisa de ninguém.
No entanto, o Homem é constantemente atingido por fatos e fenômenos cuja causa não pode controlar, desde os furacões e terremotos até a perda de entes queridos, a bancarrota financeira, a perda do emprego que sustenta o lar materialmente, as doenças incuráveis.
Nestas horas, torna-se mais fácil clamar pela ajuda de Deus.
Quando sofremos conseqüências inevitáveis de coisas que estão além da nossa compreensão, é como se precisássemos ampliar nosso entendimento até o rol das potências invisíveis, dos desígnios divinos, do destino e do sentido da existência.
É por isso que Delphine de Girardin (Espírito) escreve, e Kardec incluiu em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, que precisamos saber reconhecer a infelicidade real que se esconde, às vezes, sob a aparência do luxo e da prosperidade com as pessoas cegas pelos vícios e o egoísmo, enquanto que os tropeços e dificuldades da vida são, no fundo, passos largos que podemos dar no crescimento espiritual e no desenvolvimento das verdadeiras virtudes. Diz este Espírito: A infelicidade é a alegria,a fama, a agitação vã, e a louca satisfação da vaidade, que fazem calar a consciência que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem sobre seu futuro...
Nada acontece sem a permissão de Deus, que não quer que nada de mau aconteça aos seus filhos. Em lugar da revolta contra o destino, aprenderíamos mais se refletíssemos sobre o significado daquele sofrimento que a vida nos está impondo, sobre a razão porque estamos sendo experimentados daquela forma e não de outra, sobre qual lição o Pai espera que tenhamos aprendido, ao fim de tudo.
O que aos nossos olhos parece uma tragédia - a falência, a doença grave, um longo período de desemprego, a desarmonia familiar - quando se vê pelo prisma da Vida Espiritual, pode ser a chance de um grande avanço no sentido do progresso que conduz à felicidade real, a qual só alcançamos quando, moralmente, nos transformamos para melhor.
Colaborador: Júnior Madruga
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